O Sindicato dos Servidores Municipais de Marília (Sindimmar) quer um “compromisso responsável” dos candidatos que estiveram na disputa da Prefeitura neste ano, para que haja o real enfrentamento da dívida milionária que ameaça a sobrevivência do Instituto de Previdência Municipal (Ipremm). Presidente do Sindimmar, Vanilda Gonçalves de Lima estima que essa dívida “ultrapasse os R$ 750 milhões e já se aproxima de R$ 1 bilhão”.
A situação é desesperadora. Segundo o Sindimmar, Daniel Alonso assumiu a prefeitura em 2017 com R$ 400 milhões de dívidas no Ipremm e hoje, oito anos depois, “esse valor dobrou, e talvez até mais um pouco do que isso”, observou Vanilda. O que levou a essa situação de penúria do instituto foram os sucessivos calotes mensais. “Entre Prefeitura e Daem, deveriam ser pagos R$ 2,5 milhões por mês, mas isso não é feito. E nem os parcelamentos estão sendo honrados”, disse a sindicalista.
O sindicato informou que existem nada mais nada menos do que 19 parcelamentos feitos no Ipremm, todos aprovados pela Câmara Municipal, mas que não são pagos. “Isso não é cumprido, vai ficando em aberto, e no final vai para a Câmara, que aprova o reparcelamento sem o menor problema, a gente sabe”, comentou Vanilda. “Só em 2023, a dívida foi de R$ 85,3 milhões, que a Câmara reparcelou”.
A sindicalista participou online da última reunião do Comitê de Investimentos do Ipremm na 4.a feira 31, quando pode atualizar alguns números e informações. “Na verdade, a dívida é imensurável na sua imensidão, mas virou uma bola de neve”, enfatizou em entrevista ao vivo ao HORAH Marília. Segundo ela, em 10/6 a prefeitura tinha de repassar R$ 1,4 milhão ao Ipremm, mas só liberou parte do valor. “Os únicos prejudicados são os aposentados e pensionistas que contribuíram para o Ipremm uma vida inteira”, afirmou.
Vanilda pretende se reunir com os candidatos a prefeito para “debater a situação do Ipremm e traçar estratégias objetivas e práticas, de responsabilidade fiscal, porque não é possível continuar como está”. Dia 14, as entidades que representam os servidores marilienses vão receber membros do sindicato de Bauru, para conhecer o que foi feito lá para recuperar o Funprev, que é o Fundo de Previdência dos Servidores Públicos Municipais Efetivos. “É necessário discutir o Ipremm com urgência”, arrematou Vanilda.
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