
Esta 6ª feira (6) será decisiva para o Hospital Tereza Perlatti de Jaú, um dos poucos do Estado que ainda atendem pacientes psiquiátricos e de outras especialidades correlatas. Sem receber salários integrais, os funcionários vão decidir em assembleia marcada para 17h se entram em greve ou não. Segundo o sindicato da categoria, a direção hospitalar teria oferecido “apenas R$ 700 do salário deste mês”, o que teria causado revolta.

ASSEMBLEIA – Em nota, o sindicato disse que se reuniu com a direção no dia 2 e não foi informado “que iria pagar pela metade o salário de fevereiro” – apenas foi pedido prazo de 45 dias para financiar o valor em banco e quitar também o 13º atrasado de 2019. Presidente do sindicato, Edna Alves acha que o pagamento pela metade, o atraso do 13º, a falta de reajuste em 2017 e dos depósitos do FGTS “levarão a categoria em peso à assembleia”. “Tem trabalhador chorando porque não sabe como pagar as contas do mês”, disse. “Certamente vão votar pela greve”.

SEM DINHEIRO – Presidente da associação mantenedora do hospital, Antônio Rossi, o Toninho, falou em coletiva de imprensa na 3ª feira (3) que a situação se complicou porque o Estado ainda não quitou a última parcela do convênio de 2019 e não enviou nada do que entrou em vigor em 1º de janeiro deste ano. Em resumo, só recebeu R$ 188 mil dos R$ 332 mil da parcela final do ano passado e nada dos R$ 350 mil do novo convênio com o Governo. “Isso inviabilizou tudo e não temos recursos para pagar os salários”, disse.

GREVE – Se os trabalhadores optarem pela greve, o sindicato acredita que ela poderá começar à zero hora do dia 25, após cumpridos “todos os trâmites legais”. Em 2017 também teve greve, durou 28 dias e, depois disso, “a situação se normalizou, mas desde então o hospital nunca mais cumpriu a convenção coletiva de trabalho em termos de reajuste salarial”, destaca nota enviada ao HORAH.
HORAH – Você sabe das coisas