Enrolou de vez – PF MANDA ANATEL FISCALIZAR RÁDIO 950, QUE PODE TER TRANSMISSOR APREENDIDO

Rádio 950 funcionava no Centro de Marília, mas outorga original da concessão é para a cidade de Vera Cruz (FOTO: Reprodução Internet)

Lacrado desde julho, agora o transmissor da Rádio 950 AM poderá ser apreendido pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e levado à Delegacia da Polícia Federal de Marília. Solicitação nesse sentido foi encaminhada pelo delegado federal Olavo Foloni Farinelli ao escritório de SP da Anatel, com data de 9/9.

OLHO NO LACRE – O delegado pede verificação “de notícia de rompimento do lacre” colocado no transmissor e, se comprovado, a apreensão e remoção do equipamento. Inquérito sobre operação irregular e clandestina da rádio segue na PF, que também quer saber se as irregularidades detectadas na fiscalização da Anatel, tanto técnicas quanto administrativas, foram corrigidas.

Na metade do ano, fiscais da Anatel flagraram sistema de transmissão improvisado, chamado de ‘varal’, no alto do prédio da emissora irregular (FOTO: Reprodução Denúncia Anatel)

MEA-CULPA – Popularmente conhecida como Rádio 950 de Marília, a Rádio Clube de Vera Cruz Ltda. é uma concessão pública outorgada para a cidade de Vera Cruz, a 13 km de distância. Contudo, mantinha estúdio e transmissores em Marília. Em defesa encaminhada à Anatel na tentativa de liberar as atividades de radiodifusão, semana passada, diretores da rádio negaram clandestinidade das operações com um mea-culpa: “Estávamos sim irregulares”.

DONOS – A 950 é propriedade do ex-prefeito e ex-deputado Abelardo Camarinha e do radialista e empresário Wilson Matos. A fiscalização que levou a Anatel a lacrar o transmissor constatou a operação fora do município de outorga e instalações irregulares para irradiação do sinal da emissora, instalada no centro da cidade.

Torre e equipamentos de transmissão que deveriam estar em Vera Cruz, foram flagrados no distrito mariliense de Lácio (FOTO: HoraH)

OUTRAS – Outras 2 rádios foram lacradas pela PF e Anatel em Marília, entre 2016 e 2017. A Dirceu AM e Diário FM, que integravam o grupo de comunicação CMN, operavam clandestinamente – o jornal Diário teve o mesmo fim, extinguindo o grupo. Ex-diretores do grupo declararam ser ‘laranjas’ dos verdadeiros donos da CMN, apontados como sendo Abelardo Camarinha e o filho dele, o ex-prefeito e atual deputado Vinícius. Funcionários que não receberam os direitos trabalhistas foram à Justiça com avalanche de ações indenizatórias contra eles.

HORAH – Você sabe das coisas