Entidades repudiam lei sancionada pelo governo Tarcísio que dá nome de Erasmo Dias a viaduto na região

O viaduto da discórdia em Paraguaçu Paulista, rebatizado com nome de coronel da ditadura (FOTO: Reprodução web)

Considerado um dos expoentes da ditadura militar no País, o nome do coronel e ex-deputado Erasmo Dias para denominar um viaduto na rodovia Manílio Gobbi em Paraguaçu Paulista, a 80 km de Marília, revoltou ao menos duas entidades que já repudiaram a atitude. A PUC e a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns protestaram assim que o vice-governador Felício Ramuth sancionou a lei na última 3.a feira (27), enquanto o governador Tarcísio de Freitas estava em viagem oficial a Portugal.

Durante a ditadura, Erasmo Dias andava armado e era tido como homem muito violento (FOTO: Estadão Conteúdo/Reprodução)

Em carta ao governador enviada na 5.a feira (29), a Comissão dos Direitos Humanos repudiou a homenagem ao coronel dos ”anos de chumbo” e defendeu a anulação da lei, de autoria do ex-deputado Frederico D’Ávila (PL). Em um dos trechos da carta, a entidade diz que Erasmo Dias foi “agente da ditadura militar, responsável por graves violações a direitos e à dignidade humana”.

A PUC lembrou que entre as ações mais polêmicas do coronel da ditadura está a repressão aos estudantes da universidade em 1977, que resultou na prisão de mais de 900 pessoas do movimento estudantil, levados ao DOPs, a polícia política do militarismo; e que pesam contra o ex-deputado acusações de muita violência armada, tortura e até mortes. Erasmo Dias também foi seccretário de Segurança Pública de SP e morreu em 2010.

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