ENTULHO DA ENCHENTE: PREFEITURA CONFIRMA REMOÇÃO APÓS DENÚNCIA DO HORAH

Pavilhão que deveria abrigar exposições e fomentar a atividade econômica, serviu somente para abrigo de entulho da enchente na gestão Cassaro (FOTO: Reprodução/Arquivo pessoal)

PAVILHÃO DE EVENTOS ONDE ENTULHO FOI ‘GUARDADO’ ESTÁ SENDO DEDETIZADO, GARANTE NOTA OFICIAL

Prefeitura confirma depósito de entulho da enchente de 30/1 no pavilhão de eventos e convenções na antiga Fiação, como denunciou HORAH, e que começou a ser removido “de acordo com a disponibilidade de caminhões e máquinas” do município. Até o caso se tornar público o entulho estava ‘esquecido’ no local, que na gestão passada serviu também para ‘guardar’ as antigas poltronas da desativação do Teatro Elza Munerato, até que o Ministério Público fosse acionado.

Pavilhão doado à prefeitura no passado para receber eventos e convenções virou depósito de lixo (FOTO: Reprodução HoraH)

Atendendo solicitação da reportagem, a Secretaria de Comunicação (Secom) emitiu nota informando que “a retirada dos materiais teve início há cerca de 15 dias e a previsão é de que o trabalho continue nas próximas semanas”. Curiosamente, trabalhadores de empresas ao redor do pavilhão disseram não ter visto nenhuma movimentação de caminhões no local – só quando o entulho chegou, nos dias subsequentes à enchente. Restos de móveis, colchões, eletrodomésticos e outros inservíveis impregnados pela lama da enchente do Rio Jaú teriam chegado em aproximadamente 400 viagens de caminhões.

“Os materiais foram inicialmente depositados no Pavilhão dada a necessidade de urgência da retirada dos mesmos das vias públicas”, diz a nota enviada ao HORAH. “O local foi escolhido por ser de fácil acesso e evitar longas viagens até a área de transbordo, otimizando o trabalho de limpeza das ruas”, acrescenta. Contudo, o custo dessa operação será dobrado: gastou-se tempo, horas de serviço e de caminhões e máquinas, combustíveis etc. para levar o entulho ao pavilhão e, agora, gasta-se novamente para transporta-lo até o lixão.

A nota finaliza dizendo que, segundo as secretarias do Meio Ambiente e da Mobilidade Urbana, o pavilhão “segue sendo dedetizado pelo setor de Zoonoses, visando o controle de possíveis insetos e outros animais que causem algum tipo de transtorno”. Essa observação é por causa da desconfiança de que a lama da enchente tenha sido contaminada com esgoto e devido ao forte mal cheiro existente no pavilhão.

Entulho fétido ‘guardado’ pela prefeitura (FOTO: Reprodução HoraH)

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