ESTADO DECRETA TOQUE DE RECOLHER, FECHAMENTO DE ESCOLAS E SUSPENSÃO DE ATIVIDADES ESPORTIVAS E RELIGIOSAS

Governador Doria havia antecipado em vídeo que medidas seriam mais duras para conter a circulação das pessoas e o avanço da Covid (Foto: Estadão Conteúdo/Reprodução)

O governo do Estado anunciou nesta 5.a feira (11) novas restrições à fase Vermelha do Plano SP para conter ainda mais a circulação das pessoas e tentar frear o avanço da Covid-19. A chamada Fase Emergencial vai vigorar entre os dias 15 e 30 — inicialmente, a fase Vermelha duraria até dia 19, mas as medidas foram endurecidas e prorrogadas. Governador Doria as chamou de “impopulares, difíceis e duras” e justificou: “Estamos tentando equilibrar essa equação da economia com a saúde”.

Em linhas gerais, haverá toque de recolher (esse é o nome agora, ao invés do ‘toque de restrição de circulação’ adotado no dia 6) das 20h às 5h; comércio e demais serviços não essenciais permanecem fechados e, tal quai restaurantes, lanchonetes e outros, autorizados apenas a fazer delivery e drive-thru (retirada de produtos sem o cliente descer do carro); suspensão das atividades esportivas coletivas (campeonatos de futebol, como o Paulistão, por exemplo) e de atividades religiosas (igrejas podem abrir para os fieis entrarem e orar, sem celebrações); recesso escolar antecipado (contudo, escolas municipais podem escolher se ficam abertas ou não).

cada vez mais municípios atingem 100% da ocupação de UTIs: não há mais vagas (Foto: Folhapress/Reprodução)

O uso de máscara continua obrigatório dentro e fora dos ambientes e foram mantidas proibições do uso de praças, parques e praias ou qualquer evento que cause aglomeração de pessoas. Lojas de materiais de construção, até então essenciais, fecham e só atendem no delivery e/ou drive-thru. O governo também sugeriu escalonamento do transporte coletivo para quem vai ao trabalho: das 5h às 7h, para indústrias; 7h às 9h, para serviços; e, das 9h às 11h, comércio. “Infelizmente nós chegamos no momento mais crítico”, ponderou Doria.

Atualmente o Estado contabiliza 2,1 milhões de contaminados e 62,5 mil óbitos por Covid, mais de 1.000 pacientes aguardando internação em UTIs e, dos quase 9 mil já internados, quase a metade tem menos de 50 anos (o vírus está pegando pessoas cada vez mais jovens). Nas UTIs, a ocupação está 47% superior ao pico da 1.a onda da pandemia, em meados do ano passado; nos últimos 20 dias houve recorde seguidos de internações em UTIs, ao ponto de 53 municípios estarem com 100% de ocupação (na 2.a feira, dia 8, eram 32 municípios nessa situação).

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