Após Bariri anunciar o lockdown, o prefeito de Itaju, cidade vizinha, anunciou que aquele município seguirá, também, as determinações estabelecidas no decreto baririense.
“Estamos de luto e hoje o nosso maior inimigo é a aglomeração”, declarou o prefeito de Bariri, Abelardo Maurício Martins Simões Filhos, ao decretar estado de lockdown na cidade por quatro dias a partir das 6 horas desta sexta-feira, 12, até às 6 horas da terça-feira, 16, fechando quase tudo e limitando a circulação de pessoas nas ruas. Só nas últimas 24 horas, cinco moradores de Bariri morreram de Covid-19, totalizando 54 óbitos em virtude da doença.
Segundo a diretora de Saúde, Marina Prearo, “não há mais leitos na Santa Casa de Bariri e também nem na região para transferências”. Atualmente, há cinquenta pacientes internados em estado grave na Santa Casa. “Chegamos ao colapso total”, afirmou a diretora, acrescentando que “também não há mais respiradores e nem rede de oxigênio suficiente”. “O que se gastava de oxigênio em um mês, hoje se gasta em uma semana, e não é só um problema da Santa Casa de Bariri, não há nenhum lugar no país com estrutura para enfrentar o coronavírus”, completou Marina. A Santa Casa também já está encontrando dificuldade para aquisição de medicamentos e materiais.
De acordo com o decreto 5.557, publicado nesta quinta-feira, inicialmente, das 6 horas da manhã de sexta, dia 12, até às 6 horas da terça-feira, dia 16, poderão funcionar apenas hospital, pronto-socorro, clínicas médicas e veterinárias para atendimentos de emergência, farmácias, empresas funerárias, Saemba (Serviço de Água e Esgoto), empresas de vigilância patrimonial, indústrias para manutenção em equipamentos que não podem ser desligados e processos que não podem ser interrompidos, empresas de radiodifusão, telefonia e internet e postos de combustíveis apenas para abastecimento de veículos oficiais, veículos de trabalho destinados à operacionalização das atividades previstas no decreto e caminhões de transporte de bens que precisam seguir viagem. Fora isso, está proibida toda a realização de atividades comerciais, industriais e de prestação de serviços no território do Município de Bariri. Em todo esse período, também está proibida a venda de bebida alcoólica. Estão proibidos, inclusive, serviços de delivery ou drive-thru. Quem desrespeitar, estará sujeito à advertência escrita, multas e cassação do alvará de licença e funcionamento.
Enquanto durar o lockdown, a circulação de pessoas nas ruas só poderá acontecer para buscar atendimentos médico, veterinário, farmacêutico e serviço funerário ou se dirigir ou retornar de local de trabalho. Também haverá controle para entrada e saída da cidade, com barreiras sanitárias. Até mesmo caminhada ou esporte individual ficam proibidos. Porém, quem trabalha em outros municípios poderá se deslocar até o local de trabalho, mas não poderá sair da cidade para passeios ou compras.
“Se em quatro dias entendermos que é preciso estender o lockdown, isso será feito”, afirmou a diretora de Saúde.
Após Bariri anunciar o lockdown, o prefeito de Itaju, cidade vizinha, anunciou que aquele município seguirá, também, as determinações estabelecidas no decreto baririense.
