RELATÓRIO DE ENGENHEIROS ENTREGUE À PREFEITURA NO DIA SEGUINTE À ENCHENTE DE 30/1 NÃO FOI DISCUTIDO ATÉ HOJE
Profissionais ligados à Associação dos Engenheiros vistoriaram as pontes sobre o trecho urbano do Rio Jaú no dia seguinte à enchente de 30/1, apontando possíveis avarias em relatório protocolado na prefeitura e comentado com o prefeito Ivan Cassaro. Uma reunião deveria discutir o assunto no dia seguinte, mas 40 dias depois ninguém ainda foi chamado para isso. Pois na tarde desta 5.a feira (10) a cabeceira da ponte cedeu, abrindo um buraco grande que exigiu a interdição completa da ponte. Só agora a estrutura deverá passar por avaliação técnica da prefeitura.
“Nós chamamos a atenção para essa situação”, lembrou o vereador Mateus Turini, que acompanhou a vistoria de 31/1. “Graças à Deus ninguém se feriu, mas o risco foi grande”, emendou a advogada Daniela Rodrigueiro, da diretoria da OAB Jaú, que também estava junto. “Ontem eu fiz uma live nessa ponte alertando para um desnível no asfalto e pedi providências da prefeitura. Vieram aqui jogar asfalto, mas não fizeram vistoria nenhuma na ponte. A experiência mostrava que o problema estava na estrutura, que era alguma coisa muito mais séria, e acabou acontecendo o pior”, comentou o vereador Luiz Henrique Chupeta.
A prefeitura comunicou a interdição da ponte em nota distribuída pela Secretaria de Comunicação. “A equipe da Secretaria da Mobilidade Urbana já está no local, trabalhando para resolver o problema o mais rápido possível”, diz a nota, sem mais detalhes. Curiosamente, até a Infantaria Leve do Exército sediada em Lins esteve na cidade após a enchente para ajudar na avaliação dos problemas causados à estrutura urbana, mas não foi divulgado nenhum relatório nem apontado qualquer possível dano a essa ponte.
A Rua Tenente Lopes é uma das principais artérias da ligação Centro-Norte da cidade. Com a interdição da ponte, os motoristas terão de convergir à esquerda na Av. Airton Senna e retornar ao início da Quintino Bocaiúva, onde têm a opção de cruzar o rio e seguir para a região da Fundação, Ceasinha e bairros como o Ferreira Dias e América. O já problemático e confuso trânsito no Centro, agora tem tudo para ficar ainda pior enquanto a ponte estiver interditada.
HORAH – A verdade dos fatos
