A estudante de agronomia Amanda Cristina Borchardt, 28 anos, passará três dias na Estação Espacial Análoga Habitat Marte, construída no semiárido nordestino brasileiro, a 100 km de Natal, RN. Do próximo dia 30 a 2/7, ela e mais quatro estudantes de outras partes do País participarão da missão batizada de Demeter, estudando a produção de alimentos em uma área de clima tão inóspito quanto o do planeta Marte.
“Viver como astronauta, isolada e só com condições autossustentáveis vai ser um grande aprendizado”, disse a estudante, que é de Santa Catarina, mas reside em Marília por causa dos estudos há 18 meses. “Futuramente, poderei me especializar em agricultura espacial”. Nesses dias, ela estudará a produção de alimentos em ambiente controlado com estufa e gestão de procedimentos em um lugar que simula as condições de Marte.
A estação é uma criação do pesquisador Júlio Rezende, professor de Engenharia de Produção da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), funciona há 5 anos e, nesse tempo, já acolheu 140 missões e desenvolveu algo em torno de 200 protocolos. Mantida pela UFRN, a estação Habitat Marte já atraiu 900 estudantes e pesquisadores de mais de 40 países. O local é único no Hemisfério Sul e tem por objetivo estimular a pesquisa e carreiras acadêmicas e profissionais relacionadas à área espacial.
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