Apontado como ‘chefe’ de ameaças e estupros contra meninas, DPE se apresenta à polícia

DPE, o quarto envolvido em ameaças e estupros contra meninas, ao se apresentar à polícia: 'chefe' da quadrilha (FOTO: G1/Reprodução)

Apontado na denúncia do Ministério Público (MP) como ‘chefe’ da quadrilha que cooptava, ameaçava, agredia e estuprava meninas menores de idade se apresenta e é preso pela polícia de SP nesta 2.a feira (26). Carlos Eduardo Custódio Nascimento, 19 anos, o DPE, estava foragido desde que a Justiça decretou a prisão preventiva dele, semana passada. Ao menos uma menina de 13 anos o apontou como autor de estupro contra ela.

Agora são quatro os criminosos presos: além de DPE, Gabriel Barreto Vilares, o Law, 22 anos, e William Maza dos Santos, o Joust, 20, ambos investigados por ameaça e estupro, capturados na 6.a feira (23) passada; e Vitor Hugo Rocha, 21 anos, intitulado Verdadeiro Vitor, estudante de Direito em Bauru, que havia sido preso dia 7 deste mês após investigações do DEIC SP. No computador de Vitor a polícia encontrou pastas com fotos e vídeos de dezenas de meninas nuas ou em cenas de sexo, cadastradas como ‘Vagabundas estupráveis’.

Vitor, estudante de Direito de Bauru, que foi o primeiro a ser preso; Law e Joust (FOTOS: Reprodução)

As meninas eram atraídas pelos criminosos por meio do aplicativo de jogos Discord. Quando eles as convenciam a enviar ‘nudes’, passavam a chantageá-las, ameaçando divulgar as imagens na internet caso não enviassem novas fotos ou vídeos nuas. Elas também eram obrigadas a cumprir algumas ‘tarefas’ impostas pelos bandidos, o que incluía mutilações do tipo marcar as iniciais dos apelidos deles na pele com lâminas, e até a fugir de casa para encontrá-los, quando então eram agredidas e forçadas a fazer sexo. Tudo era filmado e compartilhado, segundo revelaram as investigações da polícia.

“São sádicos, misóginos. Eles têm um asco, um avesso por mulheres”, declarou o delegado responsável pela investigação, Fábio Pinheiro. Nos equipamentos eletrônicos dos rapazes a polícia encontrou fotos e vídeos de adolescentes nuas, bem como conversas que comprovam os crimes praticados. Além dos quatro rapazes, o MP também investiga a falta de segurança do aplicativo Discord, que tem sido usado como terreno de disseminação de ódio. O assunto foi tema de reportagem do programa Fantástico do domingo (25) na TV Globo.

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