TRANSFERÊNCIA DA ASSISTÊNCIA MÉDICA PARA O SUS CAUSOU A MAIOR INDIGNAÇÃO ENTRE SEGURADOS EM JAÚ
Projeto de lei complementar do prefeito Rafael Agostini extinguindo em definitivo o IPMJ, instituto de previdência municipal, e transferindo para o SUS a assistência médica paga pelos segurados por décadas, foi adiado por 10 sessões na Câmara de Jaú. Como a sessão desta 2ª feira (14) foi a última do ano e do atual mandato e os trabalhos legislativos serão retomados em 1º de fevereiro de 2021, o projeto só voltará à pauta em 5 de abril do ano que vem.
“Não era bem o que nós queríamos, porque pedimos que os vereadores rejeitassem o projeto, mas o adiamento foi melhor do que se ele tivesse sido aprovado”, comentou Eliana Contarini, presidente do Sinfunpaen, o sindicato do funcionalismo municipal de Jaú. “Agora é preciso abrir diálogo com o futuro governo para remodelar o IPMJ. Também cabe um substitutivo a esse projeto”, disse. O adiamento foi pedido pelo vereador Tito Coló (PSDB) e ganhou apoio de nove dos 17 vereadores.
Vice-prefeito eleito, Tuco Bauab (PL) queria a rejeição do projeto, mas garantiu que o adiamento dará tempo para o governo de Ivan Cassaro (PSD) encontrar alternativas para o IPMJ. “Faltou competência ao atual governo para fazer isso, então nós vamos resolver”, comentou na sessão virtual da Câmara. Pensionista do Instituto (o marido trabalhou e contribuiu por 27 anos como coveiro), dona Alzira de Araújo Vitorino, 84 anos, falou ao HORAH que está em tratamento médico e, sem o apoio do IPMJ, não teria como pagar.
“Ninguém está dando nada pra gente, não. Nós pagamos por isso, porque era descontado na folha de pagamento e era bastante. A gente precisava apertar de tudo quanto era lado pra conseguir pagar o IPMJ e agora, quando mais precisa, vão acabar com ele e passar tudo pro SUS?”, questionou, indignada. Ela confia que o problema será equacionado na próxima gestão.
HORAH – Você sabe das coisas
