Confusão – EM GUERRA DE NOTAS SOBRE IPREMM, GOVERNO ATACA E SINDICATO DIVAGA

Queixa-crime de Daniel contra portal e jornalistas emplaca na Justiça e esquenta guerra entre situação e oposição em Marília (FOTO: Divulgação)

Manifestações de aposentados e pensionistas do IPREMM em frente à Prefeitura, por causa do escalonamento de parte do pagamento de seus benefícios, levaram a uma guerra de notas públicas entre o governo Daniel Alonso e o sindicato da categoria, o Sindimmar. O prefeito repudiou os protestos, dizendo ter sido “orquestrados pelo sindicato” por “influências políticas oposicionistas”, e classificou a direção da entidade de imatura e inconsequente.

A nota do Sindimmar, divulgada momentos depois, passa a impressão de que a entidade se abateu com as contundentes afirmações do governo. Ela se limita a negar envolvimento com “qualquer grupo político” e, no mesmo parágrafo, sustenta que ‘faz e vai fazer política’ contra o que chama de ‘desmandos’ do atual governo. Depois, concorda com a Nota de Repúdio de Daniel: “Reconhecemos que os desmandos” com o IPREMM “vêm de décadas e de outras gestões”. Ou seja, divagou.

MAL AGRADECIDOS – O prefeito cobrou reconhecimento do sindicato quando seu governo pagou aposentadorias e pensões antecipadamente e, também, quando destinou “quase R$ 50 milhões em imóveis públicos para recompor o caixa dilapidado do IPREMM”. A nota do Sindimmar foi simplista ao dizer que isso não passa de obrigação do governo, deixando sem resposta a afirmação do prefeito de que a “minoria que hoje protesta, serve de massa de manobra dos mesmos opositores que levaram o Instituto” à quase falência no passado.

IMPACTO – Quando Daniel se “coloca à disposição para falar com os servidores, explicar e dialogar” sobre as dificuldades do IPREMM, mas “não aceita nenhuma mediação do sindicato, que entende não representar os anseios” dos servidores, o Sindimmar acusa o golpe, claramente. A nota da entidade diz que o prefeito “afronta a categoria”, mas se alonga na tentativa de justificar sua representatividade, sem objetividade ou poder de convicção. E conclui: “Desafiamos o senhor a encarar a população nas ruas”.

FATOS – As manifestações com apoio do Sindimmar ocorreram porque aposentados e pensionistas não aceitam o escalonamento no pagamento dos benefícios, neste mês. Porém, o governo afirma que pagou 75% dos valores devidos na data – ou seja, nesta 6ª feira (5) – e promete quitar os 25% restantes “até a 4ª feira (10)”. Na prática, um ‘atraso’ de “apenas um dia útil”, justificou Levi Gomes, o secretário da Fazenda, em entrevista ao HORAH, visto que 3ª feira (9) é feriado estadual. “Trabalhamos com fluxo de caixa, apenas isso”, afirmou, garantindo que foram pagos primeiro os benefícios menores e deixados para depois os mais altos.

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