REPRESENTAÇÃO FOI ENCAMINHADA À CÂMARA DE MARÍLIA ACUSANDO AGENTE DA POLÍCIA FEDERAL (Foto) DE QUEBRA DE DECORO PARLAMENTAR
Trinta e dois funcionários do Pronto Atendimento (PA) da Zona Sul de Marília encaminharam representação à Câmara Municipal pedindo a cassação do mandato do vereador Osvaldo Féfin Vanin Jr, mais conhecido por agente federal Jr Féfin (PSL), que está no exercício do primeiro mandato. Ele é acusado de quebra de decoro parlamentar por “comportamento agressivo e intimidador, aos gritos”, na 5.a feira (1), no interior do PA, onde esteve para, segundo relatou em vídeo no Facebook, “fiscalizar” o enfrentamento da Covid-19.
O presidente da Câmara Marcos Rezende despachou cópias da representação aos vereadores e à Procuradoria-Jurídica do Legislativo, que deverá emitir parecer se o documento cumpre os requisitos legais. Caso positivo, prevê o Regimento Interno que a representação com pedido de Comissão Processante (CP) contra Jr Féfin seja colocado em votação já na próxima sessão da Câmara, 2.a feira (12) — para tanto, o suplente, PM Fontana, será convocado para votar no lugar do acusado. Se acolhida a representação, é instaurada a CP e inicia-se o processo que poderá resultar na cassação do mandato do vereador.
Relata a representação que Féfin se apresentou no PA como “policial federal e vereador”, dizendo que o local “estava uma bagunça (…), matando dez pessoas por dia”, além de usar medicamentos vencidos. Ao obter respostas em contrário da enfermeira-chefe Maria Angela Rodrigues de Almeida Souza, teria “ampliado o tom das abordagens” e passado a filmar tudo. Ao tentar impedir de ter o rosto filmado, Maria Angela relata ter sido “empurrada e chamada de maluca”. Depois, o vereador ainda teria tentado invadir a ala restrita de Covid, sendo contido pela segurança do PA.
Féfin nega tudo, diz que apenas cumpria papel fiscalizador previsto pelo mandato de vereador e, no Facebook, exibe o vídeo gravado no local com a tentativa da enfermeira-chefe de impedir a filmagem. A representação junta o B.O. registrado na polícia na data dos fatos e afirma que o comportamento de Féfin “abalou psicologicamente, emocionalmente e fisicamente toda a equipe” da unidade de saúde.
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