Coube ao secretário de Finanças, advogado Luís Arato, tentar explicar à população o arranjo feito pela administração Ivan Cassaro no preço da água em Jaú. Conforme já publicado no Jornal Oficial, a tarifa foi reajustada de imediato em 17,548% (índice que será praticado a partir de 1º de janeiro de 2022) e, pelos próximos 12 anos, a contar de dezembro de 2022, uma parcela residual de 1,65% ao ano.
“O que ia bater quase 25%, o prefeito conseguiu deixar na faixa dos 17 e um pouquinho (por cento)”, esclareceu Arato em vídeo gravado na prefeitura, que começa a circular as redes sociais. Foi a maneira que o governo encontrou para rebater as críticas pesadas da população ao reajuste grandioso nas contas de água e esgoto de Jaú.
Arato disse também que “o impacto” da diferença entre os 17,5% e os quase 25% reivindicados pela concessionária Águas de Jahu, “o consumidor só vai sentir a partir de janeiro de 2024”. Isso porque o reequilíbrio financeiro do contrato, da ordem de 5,82%, não deixará de ser pago, mas foi diluído em 12 parcelas anuais de 1,65%. Trocando em miúdos, o índice ficará quase três vezes e meia maior no final do período, chegando a 19,8%, sem falar que vai acumular anualmente com a correção inflacionária cobrada pela concessionária.
Com os 17,5% imediatos sobre a conta de água dos jauenses, a Águas de Jahu acumulará cerca de 59% de aumento de tarifa em 5 anos, mais que o dobro da inflação do período (25%). O reajuste de agora é o primeiro autorizado pela gestão Ivan Cassaro, que fez campanha e tomou posse afirmando que enfrentaria a concessionária, ia rever o contrato e acabar com o valor abusivo da água na cidade.
HORAH – A verdade dos fatos