Praticamente a metade dos bairros de Marília está sem serviço de transporte coletivo nesta 6.a feira (9), por causa da paralisação dos motoristas da empresa de ônibus Grande Marília. Eles querem o pagamento total dos salários e não só 30% oferecidos pela concessionária, que alega não ter caixa para o restante. Essa situação se arrasta desde o final do ano passado, quando a empresa pediu tarifas a R$ 6,24, e se agravou no começo de 2021, quando ela notificou a Prefeitura de que encerraria atividades — e só não o fez em 30/3 porque a Justiça atendeu solicitação municipal e a obrigou a continuar.
Ontem os motoristas pararam por 4 horas, pela manhã, causando transtornos para a população dos bairros das zonas Norte e Leste servidos pela concessionária; hoje, como não teve acordo sobre os salários, os trabalhadores cruzaram os braços logo cedo e não voltaram mais, deixando a população sem ônibus — somente a Viação Sorriso, que serve as zonas Sul e Oeste está operando. Segundo o sindicato dos motoristas, ainda hoje pode acontecer reunião entre a Prefeitura e a empresa para tentar encontrar uma alternativa.
Amanhã (10), o prefeito Daniel Alonso publica decreto reajustando as tarifas dos ônibus em pouco mais de 18%. Elas vão passar dos atuais R$ 3,80 para R$ 4,50, valor sugerido pelo Serviço Auxiliar de Fiscalização (SAF) do transporte coletivo e encaminhado ao chefe do Executivo pela Emdurb. A assessoria da Grande Marília não voltou a se manifestar, alegando anteriormente o desequilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão dos ônibus; a Diretoria de Comunicação da Prefeitura também não se posicionou oficialmente até a publicação desta matéria.
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