Hora de se posicionar – BARES E RESTAURANTES PODEM TRAZER REPRESENTAÇÃO DA ABRASEL PARA A CIDADE

Fechados há 130 dias, bares e lanchonetes querem o direito de reabrir e retomar os negócios, sob pena de quebradeira geral: crise econômica (FOTO: Reprodução HoraH)

Entidade deve assumir interlocução com Poder Público e apoiar negociações e crédito para o setor

Solmucci é presidente da Abrasel, entidade que representa bares e restaurantes no País: braço em Jaú, em breve (FOTO: Reprodução)

Jaú e região devem ganhar representação da Abrasel, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes. A informação foi divulgada com exclusividade pelo HORAH em entrevista com o presidente da entidade, Paulo Solmucci. “O pessoal viu que ter uma organização civil nesse momento só vai trazer benefícios”, resumiu, citando ao menos dois donos empresários do setor com os quais os entendimentos estão avançados: Eduardo Campanhã, do Bar Adelaide, e Thierry Marchand, da Scooters Steakhouse e Bar.

Du Campanhã, do Bar Adelaide: possivelmente, um dos futuros representantes da Abrasel em Jaú (FOTO: Arquivo Pessoal)

APOIO – Com um braço da Abrasel na cidade e região, Solmucci afirma que será possível “apoiar de maneira mais efetiva os associados”, não apenas nas interlocuções desse momento com os prefeitos, “mas também nas negociações coletivas, nos protocolos de apoio à retomada econômica, crédito para o setor e com um serviço muito importante que chamamos de ‘equilíbrio emocional’, que oferece suporte psicológico para os empresários enfrentarem esse momento tão crítico”, comentou o presidente.

CASTIGO – Jaú, especificamente, está com bares, lanchonetes, quiosques e serviços similares fechados há 130 dias. Para Solmuccci, trata-se de “uma das gestões mais desastrosas da crise”, visto que o Estado mandou baixar as portas desses negócios muito antes do necessário e continua impondo a eles um castigo acima do suportável. “Fechar não é necessariamente o único caminho. A Suécia não fechou nem um dia, Campo Grande (MS) e Vitória (ES), também; Curitiba (PR) fechou 15 dias agora, quando necessário, depois de ficar três meses funcionando. A grande solução está na educação para mudar o comportamento do cidadão e nos protocolos sanitários e de saúde”, afirmou.

IMPORTÂNCIA – Setor de bares e restaurantes tem cerca de um milhão de empresas abertas no País e 7 milhões de dependentes diretos; esse número pode até dobrar quando computados filhos e demais dependentes familiares, representando quase 7% da população brasileira. “Hoje a estatística que temos é terrível: até final de junho, um em cada quatro estabelecimentos não conseguiriam reabrir; como a quarentena foi esticada para julho e já é anunciada para agosto, imaginamos que 30%, 35% ou até 40% desses empreendimentos fechem as portas”, lamentou Solmucci, antevendo um solavanco econômico sem precedentes. “Para o desempregado é duro, mas ele arruma um emprego e segue a vida; o empresário sai devendo impostos, salários, aluguel, ao banco, a amigos… Você vive uma situação muito indigna que vai marcar uma geração de empreendedores por 10, 20 anos”, acrescentou.

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