Queimadas – P. AMBIENTAL APLICA QUASE 1 MILHÃO EM MULTAS, EM 40 DIAS: VIGILÂNCIA POR SATÉLITE

Capitão Marestoni, comandante da Polícia Ambiental na região de Bauru: queimadas são monitoradas por satélite (FOTO: Divulgação)

Nos últimos 40 dias, 103 focos de incêndio fiscalizados e 19 autos de infração ambiental aplicados. O balanço foi apresentado ao HORAH pelo comando da 2ª Cia de Polícia Ambiental da região de Bauru, que responde também por Jaú, totalizando 39 municípios entre Lençóis Paulista e Promissão. “Nessa época mais seca do ano, que vai de maio a outubro, desencadeamos a Operação Corta Fogo e passamos a monitorar focos de queimada por imagens de satélite”, explicou o comandante, Capitão Léo Artur Marestoni.

Falando ao HORAH, ele disse que é feito levantamento diário de possíveis queimadas nas 24 horas anteriores e toda vez que necessário “uma equipe vai ao local para fiscalizar o que motivou aquele incêndio, a extensão do dano e se há responsabilidade do proprietário da área ou de alguma outra pessoa”. Segundo Capitão Marestoni, esses autos de infração resultaram em multas que, “por enquanto, estão em torno dos R$ 950 mil, ou seja, quase R$ 1 milhão em 40 dias”. A área autuada é superior a 340 hectares, a maioria pertencente a usinas canavieiras.

Capitão Marestoni disse também que além do monitoramento por satélite, toda vez que um cidadão deparar com alguém ateando fogo em vegetação é importante chamar a polícia. “Pode nos ligar na Companhia em Bauru, telefone (14) 3103-0150, que temos sempre um policial à disposição para receber denúncias, 24 horas por dia, sete dias por semana. Mas também pode ligar para o 190 da Polícia Militar, porque causar incêndio é crime previsto no Código Penal e na Lei de Crimes Ambientais”, esclareceu.

Ano passado, fogo atingiu área da Fazenda Experimental em Jaúl (FOTO: Márcio Almeida/Ideal PX)

QUEIMADAS URBANAS – Assolada por queimadas diariamente, várias vezes ao dia, os jauenses clamam por providências que nunca chegam. Mas as chamadas ‘queimadas urbanas’ não são responsabilidade da Polícia Ambiental – ela só atua quando a queimada atinge vegetação nativa dentro da área urbana. A responsável por esse tipo de fiscalização é a Prefeitura, que, entretanto, deixa a desejar. Uma alternativa nesse caso é chamar a PM e registrar Boletim de Ocorrência – donos de terrenos baldios devem fecha-los para impedir o acesso de estranhos e mantê-los limpos para evitar propagação de fogo.

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