Documento do Tribunal Diocesano de Botucatu publicado na 2.a feira 18 confirmou a demissão de dois padres da Diocese de Assis, que foram denunciados por estuprarem seminarista de 16 anos, entre 2002 e 2003, em casa paroquial na cidade de Iepê, no oeste paulista. A vítima deixou a igreja, está com 37 anos e disse que demorou tanto tempo para denunciar os abusos por causa dos traumas vividos e do longo tratamento psicológico a que foi submetido.
O ex-seminarista fez a primeira denúncia ao Tribunal Interdiocesano e, depois, à Polícia Civil, que chegou a abrir inquérito, mas arquivou o caso alegando prescrição do crime. O homem declarou que foi estuprado primeiro por um padre, em 2002, e depois pelo outro, que se aproximou dele com a intenção de ajuda-lo; assim que confirmou o abuso anterior, teria sido chantageado e foi igualmente abusado pelo religioso.
A demissão dos dois padres acusados ocorreu após conclusão do processo penal administrativo, que os considerou culpados e determinou a condenação pela demissão. Os nomes deles foram divulgados no documento do Tribunal Docesano de Botucatu, com a proibição de exercício do ministério sacerdotal: Oldeir Galdino e Maurílio Rodrigues. Diz a documento, ainda, que ambos tiveram amplo direito à defesa, mas foram considerados culpados.
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