Padre Vicente Paula Gomes está suspenso de todas as funções que exercia na Igreja Católica, por ordem de Decreto de Medida Cautelar baixado pela Diocese de Assis. A medida é da 4ª feira (11). Ele está sendo investigado com base nos preceitos da igreja por celebrar e abençoar casamento entre dois homens no sábado (7), realizado em chácara de Assis.
“Já estou até pensando no que o Dom Argemiro vai falar segunda-feira, mas a bênção não me diminuiu, nem vai diminuir a igreja, nem vocês”, disse Pe. Vicente durante a celebração, já antevendo problemas com o dirigente católico. E não deu outra: o decreto com a suspensão das atividades religiosas do padre foi assinado pelo bispo de Assis, Dom Argemiro de Azevedo, que apontou “acusações graves” contra ele, com base no Código Canônico.
Durante o casamento homoafetivo, o padre defendeu o direito de o casal de homens ser considerado “uma família” e abençoou a união. “Achamos que lar basta ter um homem e uma mulher”, disse, mas “família não é só isso, por isso, é com alegria que estou aqui”. Tal qual Pe. Vicente, a igreja puniu e depois excomungou Pe. Beto, de Bauru, por também celebrar casamentos homoafetivos, em 2013. Ele foi para a Justiça contra a decisão e fundou a própria igreja, onde continua realizando casamentos entre pessoas do mesmo sexo.
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