ELE ESPEROU POR CIRURGIA QUASE 5 ANOS E ACABOU SENDO OPERADO DE URGÊNCIA; ENCAMINHAMENTO FOI PERDIDO DUAS VEZES PELA PREFEITURA DE JAÚ
Marcelo Henrique Jacinto de Camargo, 35 anos, viveu uma história simplesmente inacreditável. Depois de ficar quase 5 anos aguardando por uma cirurgia de vesícula, saber que o NGA administrado pela Prefeitura de Jaú perdeu a papelada dele duas vezes, ter de refazer o encaminhamento do zero e só em 15/9 ser efetivamente incluído na fila de espera, foi finalmente operado de urgência no início de outubro para remoção de 24 pedras – 19 da vesícula e 5 do pâncreas.
Já em casa, Marcelo disse ao HORAH que essa peregrinação teve início no final de 2016, quando foram detectadas “duas pedrinhas na vesícula”. Um ano e meio depois de passar pelo postinho, se consultar com o especialista e preparar a papelada para cirurgia eletiva, “descobri que simplesmente perderam meus papeis e tive de fazer tudo de novo”. Mais de um ano depois, após muitas idas e vindas ao hospital por causa das cólicas, tornou a saber que o encaminhamento não estava no computador do NGA. Resultado: fez os procedimentos pela terceira vez.
“Dessa vez eu estava cadastrado no computador, mas não estava na fila (de espera). Então me disseram que iam me colocar na fila naquele momento, dia 15 (de setembro). Agora eu estou na fila! (risos)”, contou Marcelo. Porém, alguns dias depois ele teve novas cólicas e outras passagens pelo hospital, até que não suportou as dores, desmaiou e os médicos constataram a imensidão de pedras na vesícula e no pâncreas. “Foram duas cirurgias de urgência”, explicou.
Por causa das internações recorrentes, Marcelo perdeu o emprego três vezes e passou a viver de bicos. “Uma pessoa acamada acaba atrapalhando as outras em casa, você fica sem renda fixa, as contas acumulam, dificulta muito a vida de toda a família”, comentou com o HORAH. O caso de Marcelo já é do conhecimento de alguns vereadores que devem requerer informações sobre o sumiço da papelada dele e a demora excessiva na cirurgia; já se discute inclusive o envio da situação ao Ministério Público.
- c/ informações e fotos TUCA MELGES
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