Irmãs que mataram aposentado e descartaram corpo na rua tentaram empréstimo em nome dele

No pequeno apartamento foram encontradas pétalas de flores na cozinha, onde o corpo do aposentado teria ficado por ao menos uma semana (FOTO: Reprodução/Jornal do Povo)

As irmãs Wânia Silveira, 52 anos, e Andréa Silveira de Souza, 49, tentaram fazer empréstimo em instituição financeira da cidade em nome do aposentado Donizete Rosa, 60, quando ele já estava morto. Elas são acusadas de torturar o homem até a morte e manter o corpo por ao menos uma semana no pequeno apartamento que dividiam com ele, em condomínio no centro comercial de Marília. Donizete foi enrolado em lençóis e cobertas, depois colocado em sacos plásticos e descartado na rua 4 de abril, em frente ao portão de acesso à garagem de um banco, nos primeiros minutos da madrugada do dia 9/11. O forte mau cheiro fez a vizinhança chamar a PM, que encontrou o corpo por volta das 9h.

As investigações dos agentes da DIG, sob comando do delegado Luiz Marcelo Perpétuo Sampaio, rapidamente detectaram imagens de câmeras de segurança que flagraram as irmãs criminosas arrastando o corpo dentro dos sacos plásticos pela rua até o local em que foi abandonado. Do condomínio onde moravam até o local são aproximadamente 50 metros. Antes, chamaram um carro de aplicativo por volta da meia-noite, mas o motorista recusou a corrida quando elas pediram ajuda para colocar o ‘pacote’ no porta-malas. Elas foram presas na manhã do dia seguinte, ainda no centro, depois de chamarem a PM alegando ter sido perseguidas e agredidas em tentativa de roubo.

As irmãs arrastando sacos plásticos com o corpo do aposentado na madrugada de 9/11 (FOTO: Reprodução)
Donizete Rosa, vítima do crime bárbaro (FOTO: DIG/Reprodução HoraH)
Corpo estava envolvido em panos e colocado em vários sacos plásticos (FOTO: Reprodução/Jornal do Povo)
Banheiro do apartamento dividido entre as irmãs e o aposentado (FOTO: Reprodução)
Delegado Luiz Marcelo aguarda laudo pericial para determinar a causa da morte do aposentado (FOTO: Reprodução/Jornal do Povo)

Frias, as irmãs acabaram confessando o assassinato do aposentado, com quem moravam sob pretexto de cuidar dele. O corpo estava com as pernas amarradas e mostrava sinais aparentes de violência e tortura, mas a causa exata da morte só será definida pelo exame pericial que é aguardado pela DIG. O corpo foi mantido embalado e sobre um colchão no chão do pequeno apartamento, onde há um quarto, cozinha e banheiro. A polícia já havia descoberto um empréstimo consignado de R$ 25 mil feito anteriormente por Donizete e investiga quem sacou o dinheiro; com o homem já morto, as irmãs tentaram novo empréstimo, desistindo quando o gerente da instituição financeira pediu o comparecimento do aposentado.

As irmãs são mineiras e teriam vindo para Marília em 2017, quando foram morar no apartamento onde o aposentado foi morto, na esquina das ruas 4 de abril e 9 de julho. Poucas unidades do condomínio estão ocupadas e alguns vizinhos disseram ter ouvido discussões e brigas entre as mulheres e o aposentado. Em meados de outubro elas teriam recebido um oficial de justiça com mandado de despejo por falta de pagamento do aluguel desde 2019 — a dívida já estaria em mais de R$ 25 mil.

(c/ informações da Redação e de Adilson De Lucca/Jornal do Povo)

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