O prefeito Abelardinho Simões (MDB) negou que tenha sequer cogitado a possibilidade de renunciar ao mandato para evitar o desgaste e o vexame de uma eventual cassação na sessão de julgamento marcada pela câmara de Bariri, região de Jaú, para o início da noite desta 3.a feira (14). “Jamais. Isso deve ser alguma mentira plantada pela oposição”, reagiu por meio de mensagem de aplicativo enviada para o HORAH.
Abelardinho indicou que a reportagem discutisse detalhes da defesa técnica que será feita na câmara, amanhã, com o advogado André Racy. Sobre a cogitação de uma renúncia, ele disse que essa possibilidade nunca foi discutida com o prefeito. “Tecnicamente, não houve esse tipo de conversa por vários motivos”, informou, passando a comentar a repercussão de uma medida como essa.

“Primeiro, porque o nosso entendimento é que a Comissão Processante (aberta pela câmara) foi prematura e se antecipou ao próprio Judiciário, inclusive com alguns vereadores de oposição formando convicção sem elementos suficientes de prova para isso, o que demonstra se tratar de um julgamento político”, pontuou o advogado.
Ele também falou que eventual renúncia “é um caminho que pode fechar as portas de uma eventual judicialização” futura de todo esse processo envolvendo o prefeito de Bariri. “E se o objetivo é evitar a cassação dos direitos políticos ou garantir a participação dele em eleições futuras, me parece que a medida não poderia atender a nenhuma dessas questões”, concluiu André Racy.
O advogado diz que fará a defesa do prefeito durante a sessão de julgamento na câmara. “Rebatemos os elementos utilizados para abertura da Comissão Processante na defesa prévia e nas alegações finais, e o faremos também durante a sessão de julgamento”, afirmou. Tanto o prefeito Abelardinho quanto o advogado estão confiantes “no bom-senso dos vereadores” que irão votar a cassação do chefe do Executivo.
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