Jauense nega participação em quebra-quebra e aguarda para ser interrogado

Carlinhos Dangió em frente a vidraças quebradas durante invasão do Planalto, domingo (FOTO: Reprodução redes sociais)

VIGILANTE DE 40 ANOS, CARLINHOS DANGIÓ CONTA COMO FOI O PROTESTO EM BRASÍLIA E CONFIRMA QUE O ÔNIBUS FOI ABORDADO PELA POLÍCIA NA VOLTA, EM RIO PRETO

O jauense Carlos Dangió nega participação no quebra-quebra na Praça dos Três Poderes em Brasília-DF na tarde do domingo (8), durante protestos contra o presidente Lula, o resultado das eleições de 2022 e até por intervenção militar no País, conforme faixas que aparecem nas imagens. “Eu estava acalmando o povo, que junto com os ‘infiltrados’ estava enfurecido”, justificou Carlinhos Dangió, como é mais conhecido, em relação a vídeo em que aparece em frente às vidraças quebradas do Palácio do Planalto. “O meu objetivo nunca foi destruir patrimônio público. Minha consciência está tranquila”, disse ao HORAH.

Por ao menos duas vezes ele falou que não queria se fazer de vítima, mas garantiu que as pessoas que viajaram com ele no ônibus para Brasília “eram todas do bem” e que estavam “tranquilas”. Carlinhos é o rapaz de boné e camiseta do XV de Jaú cujas imagens se espalharam nas redes sociais. “Algum maldoso printou parte desse vídeo e disse lá que eu quebrei (o patrimônio público)”, explicou em mensagem de áudio. Ele confirmou participação nas manifestações em frente ao Tiro de Guerra em Jaú nos últimos 60 dias e no acampamento em Brasília. Domingo, contudo, a situação fugiu do controle e houve depredação do Congresso, STF e Planalto, o que está sendo classificado pelas autoridades de ato terrorista.

Vídeo em que o jauense aparece para justificar que estava tentando conter os manifestantes (FOTO: Reprodução redes sociais)
Momento em que o jauense aparece marchando ao lado de manifestantes, rumo à Praça dos Três Poderes (FOTO: Reprodução redes sociais)

Vigilante de profissão e 40 anos de idade, Carlinhos falou que se participasse de quebradeira não estaria “de cara limpa” como aparece nas imagens, ora marchando com manifestantes em direção à Praça dos Três Poderes, ora em frente ao Planalto já invadido e com vidraças quebradas. Ele confirmou ao HORAH que o ônibus em que estava transportou manifestantes de Jaú, Bauru e Botucatu, sendo que havia “aproximadamente 20” jauenses no total. Na volta do DF, o ônibus foi parado em Rio Preto, na BR-153. “Não foi revirada nossa bagagem e muito menos ficamos presos. Policiais em cumprimento de suas funções, fizeram a abordagem sem nenhum abuso (…). Enfim, após a espera de umas 6h fomos liberados”, explicou. “Agora vamos aguardar o confronto e reconhecimento facial das imagens (recolhidas de celulares e nas redes sociais) e posteriormenbte, muito provável que seremos interrogados”.

Por fim, o manifestante reforçou que jamais quis causar qualquer constrangimento à cidade ou ao próprio XV de Jaú. “Como eu estava com a camisa do XV de Jaú, está em jogo o nome do clube e o nome da cidade, além da minha própria reputação”, disse. Nas redes sociais há manifestações de todos os tipos sobre a participação de Carlinhos nos protestos em Brasília, muitas delas com críticas à postura dele.

Carlinhos, com a mesma camisa do XV de Jaú em base militar de Pirassununga-SP em 2019 (FOTO: Reprodução Facebook)

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