Julgamento na Câmara: acusado de feminicídio é condenado a 14 anos de prisão

Anderson matou Thais por esganadura (asfixia) em 2019, em casa (FOTO: Reprodução/redes sociais)

Anderson Dornelos Ulrich foi condenado a 14 anos de prisão pela morte da então companheira dele, Thais de Andrade, em março de 2019. Ela foi agredida e asfixiada durante discussão do casal na volta de um baile de carnaval em Borborema, região de Ibitinga, onde residia. Por falta de outro espaço mais adequado na cidade, o Tribunal do Júri se reuniu na sede da Câmara Municipal na última 5.a feira 17. Apesar da condenação, Anderson foi mantido em liberdade para continuar respondendo aos eventuais recursos — o Ministério Público (MP) já anunciou que pedirá a ampliação da pena.

O crime aconteceu na madrugada de 5 de março de 2019, quando Anderson tinha 25 anos e Thais, 29. Quando a mulher caiu desfalecida durante a briga do casal, ele deixou a residência e, pelo celular, pediu ajuda a familiares. O pai dele foi à casa e acionou o Corpo de Bombeiros, que compareceu e constatou que Thais já estava morta. Sem antecedentes criminais até então, Anderson acabou localizado e preso pela polícia no portal de acesso a Borborema, tendo permanecido preso por um período e, depois, deixado em liberdade para responder ao processo. Thais tinha uma filha de 13 anos à época, fruto de relacionamento anterior.

A condenação de Anderson a 14 anos se deu por reconhecimento da prática de homicídio doloso contra o réu, mas com duas qualificadoras: emprego de meio cruel (pelo fato da companheira dele ter sido asfixiada) e porque a vítima era uma mulher, caracterizando feminicídio. “Considero como negativa ao réu a circunstância judicial da culpabilidade, porque utilizou asfixia, meio cruel, para ceifar a vida da vítima, esganando-a com as próprias mãos”, relatou na sentença o juiz que presidiu o Júri, Breno Cola Altoé. Inicialmente, a pena fora fixada em um terço acima do mínimo legal, em 16 anos de reclusão, mas por causa de confissão parcial do acusado, reduzida em um oitavo, resultando em 14 anos em regime fechado. Dezenas de pessoas acompanharam o julgamento na Câmara; o crime chocou a cidade, foi e continua sendo motivo de comentários nas redes sociais.

(c/ informações da Redação e do Tribunal de Justiça de SP)

HORAH – Informação é tudo