O relator Marcelo Coutinho Gordo e a desembargadora Cláudia Fanicchi contrariaram decisão da Justiça de Marília e votaram pelo provimento de recurso contra Vinícius Camarinha, hoje deputado estadual. Em 2016, durante a campanha eleitoral, ele foi denunciado por abusar dos meios de comunicação, mas a ação foi julgada improcedente. A coligação do então candidato a prefeito Daniel Alonso, autora da ação, recorreu ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e o caso ainda não acabou.
O julgamento só não foi adiante nesta 5ª feira (23), porque houve pedido de vista do processo pelo desembargador e vice-presidente do TRE, Nuevo Campos, suspendendo o andamento do caso. Ainda faltam votar mais 4 desembargadores e, caso haja empate, o voto de minerva da presidência. Não há data prevista para a retomada do julgamento.
DOIS LADOS – Advogado de Vinícius, Cristiano Mazeto insiste que “não há nos autos provas de ilegalidades” contra seus clientes e que acredita na manutenção da sentença do juiz eleitoral Ernani Desco Filho, de julho do ano passado, favorável a eles. Já o advogado da coligação de Daniel, Alexandre Sala, falou ao HORAH que está confiante no acolhimento do recurso de seus representados. “Esses dois primeiros votos deram uma boa indicação de que nossas provas são robustas”, disse.
NÃO E SIM – Enquanto Mazeto afirma que seja qual for a decisão, ela não afeta o mandato atual de deputado de Vinícius, Sala sustenta o contrário. “Se o recurso for acatado no TRE-SP e for mantido depois, no TSE, ele tem o mandato cassado e fica inelegível pelos próximos oito anos. Ele e os demais acusados”, garante Sala. Além de Vinícius, foram denunciados o pai dele, ex-deputado Abelardo Camarinha, o ex-candidato a vice-prefeito, dentista Élio Ajeka, o radialista Wilson Matos (950 AM), o diretor da TV Marília Toni Filho, o diretor da rádio Jovem Pan Vicente Giroto e a ex-diretora do extinto e lacrado jornal Diário, Sandra Norbiato.
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