Justiça concede liminar em ação popular e suspende nomeação de aliado da prefeita na Cohab

Bugalho, ex-secretário Jurídico da prefeitura de Bauru, tem nomeação na Cohab suspensa por ordem judicial (FOTOS: Reprodução HoraH)

Ex-secretário de Negócios Jurídicos da Prefeitura de Bauru, o advogado Gustavo Bugalho não é mais diretor técnico habitacional da Cohab. A nomeação dele foi suspensa por uma liminar concedida pela juíza titular da 2.a Vara da Fazenda Pública de Bauru, Elaine Cristina Storino Leoni, atendendo pedido feito em ação popular movida pelos vereadores Eduardo Borgo (Novo) e Coronel Meira (União). A decisão foi expedida no início da tarde desta 4.a feira 21.

Vereador Eduardo Borgo é um dos autores da ação popular contra nomeação de aliado político da prefeita na Cohab de Bauru (FOTO: TV Câmara/Reprodução)

Bugalho é aliado político da prefeita Suéllen Rosim (PSD) e ganhava cerca de R$ 15 mil mensais na Cohab. “Vale lembrar que esse cargo estava vago há uns 10 anos, porque é ligado à construção de casas e a Cohab de Bauru não faz casas há quase 30 anos. Então foi uma imoralidade colocar um aliado num cargo desses, sem serventia nenhuma”, declarou Eduardo Borgo ao HORAH.

Segundo ele, “a prefeita tentou uma manobra para justificar a manutenção do aliado, mas o Judiciário não caiu nessa e determinou a suspensão do ato de nomeação de Bugalho”. A justificativa da prefeita à juíza teria sido a exoneração do diretor administrativo e financeiro da companhia habitacional, cargo de relevância para a Cohab, deixando apenas o presidente; “dessa forma, poderia manter o diretor técnico habitacional, porque só teria dois diretores”, comentou Borgo.

O vereador lembrou ainda que durante a campanha eleitoral a prefeita se comprometeu a extinguir os cargos de confiança na prefeitura, mas que no final do ano passado mandou para a Câmara projeto de lei criando 14 cargos de secretários-adjuntos, cada qual no valor de aproximadamente R$ 8 mil por mês. “Foi o conhecido ‘PL da Boquinha’, para instituir o trem-da-alegria da Suéllen. Mas estamos em cima, assim como o Ministério Público e o Judiciário, e não vamos aceitar que façam da nossa cidade esse circo que a prefeita e sua turma tentam implementar em Bauru”, concluiu Eduardo Borgo.

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