JUSTIÇA DESTINA BÚFALAS DE BROTAS PARA ONG

Búfalas sofreram maus-tratos e ainda estão sendo recuperadas (FOTO: Reprodução G1)

Decisão do juiz Rodrigo de Melo, da 1.a Vara de Brotas-SP, destina 1.006 búfalas, 47 cavalos e 3 cães da Fazenda Água Sumida à ONG ARA (Amor e Respeito Animal). A medida foi exarada dia 20 e, após comunicada oficialmente, a entidade tem 10 dias para responder se aceita os animais e para onde vai leva-los. Em vídeo, membros da ONG festejaram a decisão. “Os animais estão livres, é a maior vitória da causa animal do Brasil”, disse Alex Parente, presidente da entidade.

As búfalas e demais animais foram encontrados em situação de abandono e de maus-tratos na propriedade de Brotas no ano passado e, desde novembro, passaram a ser cuidados pela ONG ARA com apoio de voluntários e outras entidades. Estavam todos subnutridos, sem alimentação e água disponíveis; alguns agonizavam e receberam cuidados veterinários, enquanto outros já foram encontrados mortos.

O dono da propriedade, Luiz Augusto Pinheiro Souza, foi multado e chegou a ser preso, pagando fiança para responder ao processo em liberdade; agora a defesa dele informou que tão logo seja oficialmente comunicada da nova decisão, recorrerá. O caso já rendeu muitas disputas judiciais, sendo que em uma delas os animais foram devolvidos ao proprietário e, ato contínuo, por falta de alimentos em quantidade suficiente, entregues novamente à ONG.

Equipe da perícia que analisou restos dos animais encontrados nas valas na fazenda (FOTO: Reprodução/Eryka de Souza)

Em valas descobertas na propriedade, equipes de perícia localizaram várias carcaças de outros animais mortos anteriormente. No começo de janeiro ficaram prontos os laudos da USP e Unesp, cujos relatórios concluíram que os animais passaram por mais de um período de stress, sem alimento e água. Os laudos são assinados pela perita Eryka Zolcsák de Souza, que defendeu um inquérito específico para investigar as valas.

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