
Com essa afirmação, provedor Alcides Bernardi Jr isenta o hospital de responsabilidade na denúncia feita pelo vereador Dr. Rodrigo Campanhã, de ‘fura fila’ nas cirurgias para beneficiar determinados vereadores
Provedor da Santa Casa de Jaú, Alcides Bernardi Jr afirmou que as listas com a relação dos pacientes para realização de cirurgias eletivas no hospital são elaboradas pela Secretaria da Saúde, sem qualquer interferência da instituição. Com isso, ele isentou a Santa Casa de qualquer responsabilidade na denúncia feita pelo vereador governista Dr. Rodrigo Campanhã, de que determinados vereadores tinham ‘privilégios’ para furar a fila das cirurgias e beneficiar pacientes indicados por eles.

É que o vereador também falou que quando os tais vereadores privilegiados não conseguiam fazer isso na Saúde, recorriam ao hospital e exigiam reserva de vagas para cirurgias na cota comprada pela Prefeitura de Jaú. Bernardi Jr sustentou que no hospital não tem a menor possibilidade de acontecer isso, porque segue a lista que sai pronta da Saúde. Ou seja: o provedor isolou o problema na Saúde, que é por onde devem começar as investigações da denúncia.
Bernardi Jr falou às páginas Tem Coisas e Central da Notícia após o pronunciamento do vereador Campanhã, que causou grande mal-estar dentro da administração e encurralou o prefeito Ivan Cassaro para tomar providências urgentes. Porém, ontem mesmo Campanhã passou mensagens informando que deverá se retratar de parte da fala dele. Ao menos um assessor próximo do prefeito disse ao HORAH que o vereador “se precipitou” e agora “precisa consertar o que falou ou dar nomes”.
Campanhã alegou sintomas provavelmente de dengue para não conceder entrevista solicitada por HORAH, ao vivo. Daí em diante, não atendeu mais telefonemas nem respondeu a outras mensagens. Mas, pela maneira como falou na câmara, os ‘privilegiados’ seriam alguns vereadores da base aliada com influência na Saúde, mas na gestão passada, da ex-secretária Ana Paula Rodrigues, que foi exonerada no final do ano passado.
Consultada pela reportagem, a Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Jaú informou que não tem ainda nenhuma posição oficial sobre o assunto para divulgar à imprensa. A prática do ‘fura fila’ contraria a legislação municipal, que exige transparência na lista das cirurgias eletivas, e indica corrupção entre agentes públicos para benefício de alguns, em detrimento da maioria.
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