Lula decreta intervenção na segurança do DF após invasão da Esplanada dos Ministérios

Durante pronunciamento na tarde deste domingo (8), o presidente Lula assinou decreto de intervenção na segurança do Distrito Federal até dia 31. Ele acompanhou as informações sobre a invasão da Esplanada dos Ministérios, sede dos Três Poderes, onde ficam o Congresso Nacional, STF e o Palácio do Planalto, quando visitava a cidade de Araraquara-SP para avaliar destruição causada pelas fortes chuvas dos últimos 15 dias. Para o presidente da República, faltou segurança no DF, responsabilidade que cabe ao governo local — ele chegou a falar inclusive na possibilidade de má-fé.

Lula ao desembarcar em Gavião Peixoto, na base aérea da Embraer, para dirigir-se a Araraquara, onde passou a tarde vistoriando estragos da chuva ao lado do prefeito Edinho Silva (FOTO: Reprodução web)

À tarde, centenas de manifestantes vestindo verde e amarelo fizeram mais um protesto contra o resultado das eleições de 2022 para pedir a prisão de Lula, questionar a segurança das urnas eletrônicas e defender intervenção militar no País. Mas desta vez acabou em quebra-quebra: vidraças dos três palácios foram destruídas, gabinetes invadidos, gavetas reviradas, documentos espalhados ou picados em frente às câmeras de televisão.

O governador do DF Ibaneis Rocha se pronunciou dizendo que mandou exonerar o secretário da Segurança, ex-ministro da Justiça Anderson Torres, dando a entender que faltou ação das forças de segurança para impedir a destruição e violação das instituições brasileiras. Políticos e autoridades nacionais se manifestaram com perplexidade diante do que aconteceu; governos sul-americanos também estão se manifestando em defesa da democracia brasileira.

Ao se pronunciar agora a pouco, Lula classificou o episódio de “abominável”, falou em “vândalos destruindo o que encontraram pela frente” e enfatizou que a democracia garante liberdade de manifestação e expressão, mas também exige respeito às instituições. E o presidente garantiu que o governo vai agir para “descobrir quem foram os financiadores” das ações realizadas em Brasília hoje.

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