R.S., 34 anos, continua recolhida à cadeia pública de Pirajuí, a 56 quilômetros de Bauru. Ela foi presa por descumprir medida protetiva para se manter distante das próprias filhas menores de idade, de 13 e 14 anos, e por ter facilitado a fuga delas da Casa Abrigo de Garça, região de Marília, para onde haviam sido encaminhadas por determinação do Conselho Tutelar.
Depois de várias tentativas, os policiais conseguiram flagrar R.S. em casa, onde mantinha as filhas escondidas das autoridades — toda vez que alguém se aproximava, ela mandava que as garotas pulassem o muro dos fundos e só voltassem mais tarde. Outra grave acusação passou a pesar contra a mulher, reforçando a conversão da prisão flagrante em preventiva, na audiência de custódia na Justiça de Garça: ela estaria explorando a prostituição das filhas para conseguir dinheiro para manter o vício das drogas.
A delegada de defesa da mulher de Garça, Renata Yumi Ono, confirmou ao HORAH que a acusação foi feita à DDM inclusive por familiares da mulher, inconformados com o que estaria acontecendo. Segundo a delegada, R.S. “já perdeu o poder familiar sobre outros três filhos menores, adotados por outras famílias”, tendo inclusive ameaçado os novos pais se as crianças não fossem devolvidas para ela. Agora, tudo indica que esse também deverá ser o futuro das duas meninas.
“Acho que será muito difícil ela conseguir reverter a prisão e conseguir a liberdade, primeiro porque vem reiteradamente quebrando a medida protetiva em relação às filhas; depois, por causa das novas acusações sobre o possível aliciamento das garotas para a prostituição”, acrescentou a delegada Renata Ono. R.S. está presa desde a última 6.a feira 22.
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