MARCOS REZENDE SUSPENDE LICITAÇÃO PARA NOVA SEDE DA CÂMARA

“COMO GESTOR, QUERIA MANTER UMA VISÃO DE FUTURO, MAS NEM TODOS ENTEDERAM ASSIM”, JUSTIFICOU O PRESIDENTE (FOTO: Divulgação/CMM)

O presidente Marcos Rezende desistiu da proposta de construir nova sede para a Câmara Municipal nesse momento e suspendeu o edital publicado no Diário Oficial (DOMM), que receberia propostas na 2ª quinzena deste mês. Estimada em até R$ 20 milhões, a obra seria feita no sistema ‘built to suit’ (BTS) – em português, ‘construído para servir’, feito sob medida para o locatário.

“Reuni um grupo seleto de representantes da nossa sociedade, expliquei que não gastaríamos um centavo de dinheiro público; que depois de 240 meses da obra pronta e de estarmos ocupando o prédio, ele incorporaria o patrimônio público municipal; que haveria economia de mais de R$ 130 mil só com alugueis pagos pela Prefeitura, que poderia acomodar secretarias e departamentos no espaço atual da Câmara; mas ainda assim o pensamento predominante é de que, por causa da pandemia, esse não é o momento” – justificou Rezende.

A reunião durou cerca de 2 horas na sala da presidência do Legislativo, com presença de representantes de vários seguimentos, entre eles da Maçonaria, Codem, Acim, Ciesp e outros. “Como gestor, gostaria de manter essa visão de futuro, mas me curvei inclusive ao silêncio da maioria dos vereadores – e não àqueles que se aproveitaram da situação para receber aplausos da torcida, sem analisar o mérito da nossa proposta”, acrescentou o presidente. Rezende disse também ao HORAH que “a Câmara, com a responsabilidade de sempre, também está alinhada com o prefeito [Daniel Alonso]: se ele precisar dos recursos do duodécimo para compra de vacinas da Covid, por exemplo, estarmos juntos para isso”.

O sistema BTS é considerado moderno e novo no mercado. Atendendo as especificações e necessidades do locatário, que geralmente oferece o espaço, a construtora elabora o projeto e executa a obra. Depois de tudo pronto, faz um contrato de locação de longa duração – no caso da Câmara seriam 240 meses. “Não se trata de um aluguel, mas sim de uma amortização do valor total, o que faz a obra incorporar o patrimônio público depois desse prazo”, explicou Rezende. “Daqui há 2 anos o cenário do Brasil será outro, diferente da crise da pandemia de hoje, mas não foi assim que entenderam”, finalizou.

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