A organização Marília Transparente (MATRA) diz ter encontrado “indícios de irregularidades na contratação de serviço de transporte escolar da zona rural” no último ano da gestão do ex-prefeito Vinícius Camarinha (PSB). O serviço teria custado quase R$ 385 mil aos cofres públicos, com base em pesquisa de preços.
Porém, boletim divulgado pela MATRA informa que as cotações foram solicitadas às empresas Dionísio Roldam ME, de Marília, Magetur Agência de Viagens e Turismo Ltda., também da cidade, e Galo Locadora de Veículos Ltda. ME, de Gália. O problema é que “a 1ª e a 2ª empresa pertencem ao mesmo grupo familiar, inclusive com o mesmo nome fantasia: Santo Antônio Turismo”, observa o boletim.
Para piorar mais ainda a situação, a empresa Galo “nem sequer atendia às exigências da contratação”, aponta a MATRA, com base em constatação do Tribunal de Contas do Estado (TCE). “Só o setor de licitações da Prefeitura não sabia disso”, alfineta a organização. Mais: na comparação de preços pagos no contrato emergencial em 2016 e, em 2017, com a devida licitação, o km rodado caiu 62,32% com ônibus e 39,37% com van, na linha distrito de Amadeu Amaral-Marília-Amadeu. Detalhe: a ganhadora foi a mesma empresa.
Com as suspeitas apuradas, a MATRA decidiu encaminhar uma representação com todo o levantamento ao Ministério Público e acredita na instauração de inquérito civil que apure “suposto ato de improbidade administrativa”, finaliza boletim da organização.
(IMAGEM: Matra/Reprodução – Tabela comparativa de preços elaborada pela organização Matra: superfaturamento)
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