A fábrica de refrigerantes do grupo Coca-Cola Femsa em Marília continua exalando mau cheiro insuportável, principalmente no período noturno, apesar das multas já aplicadas pela Cetesb. Somadas, as autuações já se aproximam dos R$ 200 mil e por se tratar de caso reincidente, agora toda multa tem valor dobrado. Mas nada disso faz a Coca-Cola respeitar a vizinhança, obrigada a conviver com um fedor constante.
Moradores das três unidades do Jardim Damasco, atrás da indústria da Coca na zona sul de Marília, e comerciantes do bairro e das imediações, já fizeram abaixo-assinado, se reuniram com representantes da empresa, mas o problema não foi resolvido. A situação é antiga, mas o fedor se acentuou de 2022 para cá, chegando a atingir imóveis residenciais e comerciais também na av. das Esmeraldas, onde está o metro quadrado mais valorizado de Marília.
A Cetesb alega ter aplicado multas e feito a última vistoria na Coca-Cola em fevereiro deste ano, constatando que o mau cheiro vem da Estação de Tratamento de Efluentes Líquidos (ETEL) da indústria. Ou seja: enquanto fatura com a venda de seus produtos, a Coca-Cola Femsa obriga a vizinhança a conviver com a carniça do subproduto gerado pela indústria. Por meio de nota, a empresa informou que segue os protocolos dos órgãos competentes em relação à gestão de seus resíduos, mas que está empenhada em manter a convivência com a vizinhança e o bem-estar da população.
Os moradores e comerciantes das imediações reclamam não só do fedor insuportável, mas de problemas respiratórios causados principalmente em idosos e crianças, e já pensam em fazer uma representação junto ao Ministério Público, na Promotoria do Meio Ambiente. Por fim, a Coca Marília diz que está tomando providências para reduzir os odores e faz a remoção frequente dos resíduos para ajudar nesse propósito.
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