Morador de Ourinhos que invadiu STF em 8/1 é solto, mas tem de usar tornozeleira eletrônica

O morador de Ourinhos, Nelson Eufrosino, durante invasão ao STF em 8/1: "achou que não ia dar nada" (FOTO: Reprodução vídeo)

Ex-bancário e dono de um trailer de lanche, Nelson Eufrosino, 66 anos, foi solto pela Justiça Federal depois de permanecer preso desde 18 de abril por causa da invasão do Supremo Tribunal Federal (STF) em 8/1, no episódio que passou a ser chamado de ‘atos golpistas’. Nelson estava recolhido à penitenciária de Cerqueira Cesar, na região de Avaré; o alvará de soltura saiu dia 16 e ele deixou a prisão no dia seguinte.

Em vídeo que viralizou nas redes sociais em 8/1, Nelson pede para ser filmado enquanto usa um pedaço de estrutura metálica do próprio prédio do STF para quebrar uma vidraça. Durante a ação, ele grita palavras de ordem e o nome da cidade de origem: “Ourinhos”. A solicitação que ele faz no início do vídeo é clara: “Me filma aqui, por favor. Eu vou quebrar um (vidro), pode entrar, não tem mais ninguém”. Dentro do prédio estava cheio de invasores.

Após a soltura, Nelson vai responder aos processos em liberdade e usando tornozeleira eletrônica. Durante esse período, está proibido de deixar a Comarca; deve se recolher à noite e nos finais de semana; se apresentar à Justiça semanalmente; teve o passaporte cancelado; além de ficar proibido de usar redes sociais e de se comunicar com demais envolvidos na invasão da Praça dos Três Poderes em Brasília.

Em Ourinhos, familiares e amigos de Nelson disseram à imprensa que ele foi ao ato em Brasília em 8/1 “influenciado por outras pessoas” e que acabou “tomado pela euforia do momento”. Foi dito também que “ele achou que não ia dar nada”, mas as pessoas próximas também reconhecem que “as imagens são condenatórias” contra Nelson, que está na lista da Advogacia-Geral da União (AGU) para ressarcimento dos danos causados ao patrimônio público naquele dia, estimados em R$ 20,7 milhões – os bens dele e contas bancárias já foram bloqueadas, ao exemplo dos demais envolvidos.

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