MORTE NA ENCHENTE: DEFESA CIVIL CONFIRMA, BOMBEIROS AINDA NÃO

Vila São Paulo ficou debaixo d'água, na região do campo municipal de Jaú (FOTO: Danilo Rodrigues/Reprodução)

BUSCAS POR PESSOAS DESAPARECIDAS SEGUEM NESTA 2ª FEIRA EM JAÚ

Sem corpo, não há como confirmar óbito de uma pessoa. Justamente por isso o Corpo de Bombeiros ainda não confirma morte na enchente que atingiu a cidade no domingo (30) – por mais que haja relatos de que o catador de recicláveis Edson Aparecido Saes, 61 anos, morreu afogado dentro de casa na Vila São Paulo, proximidades do campo municipal em Jaú.

Diferente do que diz a Defesa Civil, que em nota divulgada pela Secretaria de Comunicação (Secom) da prefeitura no final da noite de ontem, confirmou “o registro de uma morte” e que “a vítima era do sexo masculino”. O mesmo boletim diz ainda que “há registro de duas pessoas desaparecidas” e que as buscas seriam retomadas na manhã desta 2ª feira (31). As informações da Defesa Civil foram atribuídas ao coordenador Jonas Sousa.

O Tenente Dante do Corpo de Bombeiros divulgou um balanço dos trabalhos de ontem na cidade. “Foram mais de 50 pessoas socorridas com 7 viaturas e 25 Bombeiros”, comunicou por meio de mensagem de WhatsApp ao HORAH. O trabalho contou com apoio da Defesa Civil de Jaú, Bocaina e Dourado, Marinha do Brasil (sediada em Barra Bonita) e até o helicóptero Águia da PM – usado principalmente na região do campo municipal. Por fim, o tenente fala de “duas pessoas desaparecidas” e de buscas que prosseguem, arrematando: “Não há óbito” (ao menos oficialmente).

O catador de recicláveis Edson Saes estaria doente, segundo o filho Ederson Gustavo Saes, 31 anos. Ele contou que quando a água do Rio Jaú atingiu cerca de 1,50m dentro de casa, pegou o pai nos braços e tentou sair em busca de ajuda, mas não conseguiu. O rapaz disse que viu o pai se afogar dentro da própria casa, que gritou por socorro, mas não conseguiu ser ajudado a tempo.

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