Nova realidade – EMPRESAS METALÚRGICAS ADEREM À REDUÇÃO DE JORNADA E SALÁRIOS

O sindicalista Irton Torres durante assembleia com trabalhadores da Sasazaki: redução de jornada e salários (FOTO: Divulgação)

PPA de Garça, Jacto de Pompeia e, agora, Sasazaki de Marília. Grandes empresas metalúrgicas da região estão aderindo à Medida Provisória (MP) 936/20, que instituiu o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e de Renda. Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Irton Torres confirmou acordos nessas empresas, individuais ou coletivos, para reduzir jornadas de trabalho e salários por até 90 dias. Ele negou que o setor esteja demitindo em massa, mas admitiu que a situação é preocupante.

Na Sasazaki, cerca de 400 trabalhadores foram atingidos pela medida conforme a atividade que exercem e dentro das faixas previstas na MP: 25%, 50% e 75% de redução de jornadas por até 3 meses. Nesse período, a empresa paga pela jornada executada e o governo completa o valor com base nas regras do Seguro Desemprego. Em contrapartida, a empresa se compromete a manter o empregado, depois, pelo mesmo tempo de duração da medida.

Irton Torres acompanhou o acordo entre funcionários e a diretoria da Sasazaki, tal qual já aconteceu na PPA, em Garça. Na Jacto, que produz implementos agrícolas em Pompeia, 1.600 dos 1.800 funcionários tiveram férias coletivas antecipadas por causa da paradeira provocada pela pandemia do coronavírus. O setor metalúrgico de Marília e região tem cerca de 11 mil empregados e cerca de 700 empresas, a maioria pequena e média, mas está perdendo negócios e mão de obra há tempos.

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