Vereadora pivô do episódio é alvo de Comissão Processante na Câmara de Marília
Comandante do 9º Batalhão da PM em Marília, Tenente-Coronel Márcia Cristina Cristal agora é alvo de inquérito aberto pelo Ministério Público (MP) para apurar eventual ato de improbidade administrativa que ela tenha cometido ao repreender e afastar das ações de Trânsito o Sargento Allan Fabrício Ferreira, que guinchou carro com licenciamento atrasado e pneus carecas. Tratava-se de veículo conduzido por filha da vereadora Professora Daniela Alves (PL), que telefonou à comandante na madrugada dos fatos.
O caso acabou provocando crise na corporação militar, onde a comandante também é investigada, e na Câmara Municipal, que abriu Comissão Processante (CP) contra a vereadora por quebra de decoro parlamentar. Por sinal, a CP abriu oficialmente os trabalhos nesta 3ª feira (8), sob presidência do vereador Albuquerque (PSDB), relatoria de Mário Coraíni Jr (PTB, que participou por videoconferência, já que é de grupo de risco da Covid-19) e participação ainda de João do Bar (PP). Dependendo do que for apurado, Professora Daniela pode ter o mandato cassado.
No MP, o inquérito foi motivado por representação da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) Marília Transparente, a Matra, e do Promotor de Justiça Oriel da Rocha Queiroz. A portaria de abertura do inquérito transcreve áudio vazado do telefonema da comandante Cristal ao sargento Allan, onde se lê, em resumo, a seguinte expressão da Tenente-Coronel: “Ela é vereadora (…), o que você está achando que você é?” As apurações podem tanto resultar em Ação Civil Pública como determinarem o arquivamento do inquérito.
HORAH – Você bem informado