Operação policial mira golpista que usava vítimas para vender e não entregar produtos

Viaturas policiais no endereço do golpista, que não foi encontrado em casa (FOTO: Polícia Civil/Divulgação)

Um golpista de 40 anos está no centro das investigações da Polícia Civil em Pauliceia, município na divisa entre os estados de SP e MS, a 233 km de Marília. Ele é acusado de oferecer empregos com alto rendimento para trabalhar em casa, abrir empresas em nome das vítimas sem o conhecimento delas e não entregar produtos anunciados e vendidos pela internet; quando os compradores percebiam que tinham caído num golpe e reclamavam, eram os supostos donos dessas empresas que acumulavam problemas. Há ao menos 11 B.O.s já registrados na polícia, que acredita em um número muito maior de vítimas lesadas pelo golpista.

Produtos apreendidos na casa do investigado, comprados, segundo a polícia, com dinheiro de golpes (FOTO: P. Civil)
Pistola 9mm e carregador com 17 cartuchos apreendidos com o pai do golpista (FOTO: P. Civil)

Durante a semana passada a Operação Arlequim cumpriu mandados de busca e apreensão no endereço do golpista em Pauliceia, mas ele não foi localizado. Segundo familiares, estaria internado em clínica de reabilitação. No local foram apreendidos 28 eletrodomésticos supostamente comprados com dinheiro dos golpes, entre os quais três TVs, três freezers e três geladeiras. O delegado responsável pelas investigações, Alessandro Baroni, informou que o pai do golpista, um homem de 63 anos, foi preso por porte ilegal de arma e liberado após pagamento de fiança.

GOLPISTA – O responsável pelos golpes teria saído do sistema prisional recentemente, onde esteve preso justamente por crimes de estelionato. A polícia coleciona mais de 10 registros contra o investigado, só pelo Artigo 171 do Código Penal, mas além de estelionato ele também possui antecedentes pelos crimes de falsificação de documentos, uso de documentos falsos, adulteração de veículos e receptação de produtos furtados.

O GOLPE – Todas essas práticas delituosas teriam sido utilizadas nos novos golpes. O homem anunciava em rede social a oferta de empregos no estilo home office, prometendo pagamento salarial, cesta básica e um notebook para a pessoa trabalhar em casa. Quem se interessava fornecia documentos pessoais para registro na atividade, só que o golpista os utilizava para abrir empresas que ‘ajudavam’ na venda de eletrônicos pela internet. Eram emitidas Notas Fiscais para os compradores, que faziam os pagamentos e não recebiam os produtos; quando davam queixa do golpe, os supostos donos das empresas eram culpados, mas sequer sabiam da existência das empresas em nome deles.

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