PARA NÃO TRAVAR DESENVOLVIMENTO DA CIDADE, PRODUÇÃO DE ÁGUA DEVE SER PRIORIDADE, ALERTA MARCOS REZENDE

Rezende segue internado na UTI com Covid (Foto: Divulgação)

Há pelo menos 5 anos, os números da produção e consumo de água em Marília já se mostravam insustentáveis. De lá para cá, estima-se que o problema tenha se agravado mais ainda por causa dos novos empreendimentos imobiliários, empresas e o próprio crescimento populacional. “A cidade produzia 100 milhões de litros de água por dia e consumia 120 milhões, fora uma perda de 20 milhões de litros com vazamentos. Hoje, com o trabalho realizado pela Replan (Saneamento e Obras), terceirizada do DAEM, a contenção de vazamentos é quase que imediata, evitando perda de água na rede”, expôs Marcos Rezende, presidente da Câmara, na sessão desta 2.a feira (20).

Ele ocupou a Tribuna para fazer um alerta ao Legislativo, à população e, principalmente, ao Executivo. “Não podemos correr o risco de perder essas novas oportunidades de negócios, empregos, empreendimentos, condomínios e o próprio Parque Tecnológico, que já é uma realidade em Marília, por falta de água”, advertiu. Rezende deu outro exemplo preocupante: a principal Estação de Tratamento de Água (ETA) de Marília, do Sistema Peixe, responsável por 60% do abastecimento da cidade, “tem mais de 40 anos, quando a vida útil é de 20 a 25 anos”. Com deslocamentos visíveis da estrutura e muitas infiltrações, ele disse que se tiver um rompimento na ETA, “a cidade não vai ficar sem água por um, dois dias, mas por seis meses ou mais”.

ETA do Sistema Peixe, em Marília: mais de 40 anos (FOTO: HoraH)

Para evitar o colapso, Rezende disse após a sessão ao HORAH que “a Câmara não pode se omitir” e que espera uma resposta da Prefeitura. “Eu provoquei. Vamos ver a reação. Espero uma proposta, um plano de ação do Executivo sobre o que fazer para não ficarmos reféns da falta d’água. Além do mais, a maior crise hídrica da história está aí pra todo mundo ver”, comentou. Ele disse que deve procurar o prefeito Daniel Alonso e a própria direção do DAEM para discutir o assunto. “Vou trazer esse tema para dentro da Câmara, porque não podemos ficar de braços cruzados. Amanhã, ninguém poderá alegar desconhecimento de mais esse nós que temos de desatar na cidade”, finalizou.

HORAH – Informação é tudo