NOVO VALOR ENTRARÁ EM VIGOR SÓ EM 2022, MESMO ASSIM PROJETO DA MESA DIRETORA DA CÂMARA DE JAÚ FOI VOTADO COM URGÊNCIA NESTA 2.a FEIRA (20)
Os secretários municipais de Jaú terão os salários corrigidos em 54,3% a partir de 1.o de janeiro de 2022, saltando dos atuais R$ 6,1 mil para R$ 9,412 mil brutos. Apesar de valer só daqui a 102 dias, projeto de autoria da Mesa Diretora da Câmara foi votado em regime de urgência – após aprovação na 1.a votação na sessão ordinária desta 2.a feira (20), passou pela 2.a votação em sessão extraordinária realizada na sequência, com início às 19h07.
O ‘rolo compressor’ representado pela maioria dos votos na Casa em favor do Executivo funcionou e somente cinco vereadores foram contrários à urgência e ao reajuste nesse momento: Mateus Turini, José Carlos Borgo, Fábio de Souza, Luizinho Andretto e Chupeta. As votações foram precedidas de intensos debates onde se ouviu de tudo. Marcos Brasil disse que vive se perguntando “como os secretários do governo passado viviam com esse salário (de R$ 6,1 mil)”; Fábio de Souza falou que é favorável a reajustar salários de todos que trabalham no serviço público, não só secretário, mas “agora não é hora”; Tito Coló rebateu: “Agora é agora, tanto faz hoje, amanhã…”
Jefferson Vieira empenhou a palavra, “em nome do prefeito Ivan”, de que os funcionários públicos serão recompensados em 2022, e disse conhecer “a dificuldade do prefeito Ivan em segurar alguns secretários” pelo pouco salário que recebem. Luizinho Andretto alfinetou: “Se entendi direito, quem está agora (no secretariado) é incompetente, porque tá ganhando pouco; tem que aumentar o salário para contratar competentes. Então vai trocar os secretários?” O líder do governo Rodrigo de Paula disse que votava a favor do reajuste “por alguns secretários apenas, torcendo para que outros sejam trocados”.
Falando ao HORAH, o presidente da Câmara João Brandão justificou o projeto em favor dos secretários pelo fato de não terem o salário corrigido desde 2012. Ele reiterou apoio ao governo Ivan e disse que para presidir a Câmara “com tantos assuntos polêmicos para resolver é preciso ter coragem”. A aprovação do projeto com tanta antecedência teria sido um acordo com o Executivo para ao menos sinalizar para os secretários que o salário vai melhorar. “Em contrapartida, cobro uma reforma administrativa, transformando algumas secretarias em diretorias”, ponderou Brandão.
HORAH – Você sabe das coisas
