Basta uma chuva um pouco mais forte e a captação e tratamento de água na ETA II de Jaú é paralisada. Em cerca de 10 dias, é a terceira vez que isso acontece. Segundo nota distribuída à imprensa, a chuva da 2.a feira (16) deixou a água turva e isso levou à paralisação das atividades na ETA instalada às margens da rodovia Jaú-Bocaina, que fornece parte da água que a concessionária Águas de Jahu entrega à população.
“Com as águas turvas, a empresa Águas de Mandaguahy, que administra a ETA II, teve que interromper o tratamento na estação”, diz a nota, alertando para o risco de desabastecimento em dezenas de bairros da cidade, especialmente nas partes mais altas. Estão entre eles a populosa Vila Maria, Campos Prado, Carolina, Vila Netinho, Alvorada, América, Pires, Paraty e imediações, São Crispim, Ferreira Dias, o popular Cila Bauab, Frei Galvão e Cidade Alta, e até o Jd. São José, que fica na baixada do rio Jaú, Zona Oeste.
A instabilidade no abastecimento começou a ser relatada pelos moradores do Frei Galvão, Zona Norte, por exemplo, no final da madrugada desta 3.a feira (17). Por vezes a água volta, depois some das torneiras. O último problema do mesmo tipo aconteceu no sábado (14) passado; na semana anterior, também foi registrada a mesma situação, para revolta e indignação dos moradores. Segundo a nota entregue à imprensa, a população deve fazer “uso racional” da água nesse período e, mais informações, podem ser obtidas pelo WhatsApp (21) 9 7211 8064 (atendimento no Rio de Janeiro, sede do grupo que controla a Águas de Jahu) ou pelo 0800 242 4827.
Entre dezembro de 2021 e novembro de 2022 a tarifa da água foi reajustada pela Prefeitura em favor da concessionária em mais de 32%. Isso porque em campanha e nos primeiros meses após a posse, o atual prefeito Ivan Cassaro prometia “enfrentar a concessionária” e ameaçava inclusive romper o contrato de concessão. Nada disso aconteceu após dois anos de mandato; ao contrário disso, os problemas acentuaram.
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