Casais que vendiam drogas em festas de luxo são condenados

Delegado da DIG Jaú, Marcelo Góes, responsável pelas investigações (FOTO: Reprodução web)

ELES ESTAVAM PRESOS DESDE ABRIL DO ANO PASSADO, APÓS INVESTIGAÇÕES DA CHAMADA ‘OPERAÇÃO CANDY SHOP’ DA POLÍCIA CIVIL DE JAÚ

Casal que liderava o tráfico de drogas sintéticas e medicamentos de uso controlado em festas da alta sociedade é condenado pela Justiça de Jaú a 9 anos e 4 meses de reclusão, em regime fechado. DGB, 34 anos, e a mulher dele, LPJ, 24, estavam presos desde 14 de abril do ano passado, quando agentes da DISE-DIG Jaú cumpriram mandados judiciais obtidos na última etapa da chamada Operação Candy Shop (Loja de Doces, em português). Ambos foram presos em casa.

As informações são do delegado Marcelo Góes, que chefiou as investigações. Na mesma ocasião em que DGB e LPJ foram presos, outro casal também teve o mesmo destino por associação para o tráfico. Trata-se de WV, 34, e KTDF, 35, que foram condenados a um ano e 11 meses, mas em regime semiaberto. Segundo Dr. Marcelo, as principais drogas comercializadas nas festas organizadas por eles eram Ecstasy (cada comprimido era vendido a R$ 50), LSD, MD (metanfetamina que os traficantes repassavam a R$ 250 o grama), Cristal e outros, além de cigarros eletrônicos contrabandeados, haxixe etc.

Produtos e dinheiro apreendidos pela polícia na operação Candy Shop; havia R$ 26 mil em dinheiro, além de droga e outros produtos (FOTO: Reprodução/P.Civil)
Carros apreendidos em buscas autorizadas pela Justiça, um deles de luxo: fruto do comércio de substâncias ilegais, diz delegado Góes (FOTOS: Reprodução HoraH)

O delegado Marcelo Góes disse que as investigações começaram em novembro de 2021 para “apurar a existência de associação especializada para o comércio de drogas sintéticas” e medicamentos de uso controlado. “Tinha início então a chamada operação Candy Shop, isto porque os investigados e usuários das drogas se referiam a elas como ‘doces’ e ‘balas’”, disse. DGB e LJP “eram os principais responsáveis pela distribuição de drogas, especialmente em festas que frequentavam, as quais eram mostradas em suas redes sociais, onde ostentavam o alto padrão desses eventos e a vida que levavam, tudo custeado pelo tráfico”.

As investigações mostraram que eles estavam associados a WV e KTDF. “Também se apurou que eram altos os valores das substâncias comercializadas” e que “no ‘combo’ das substâncias ainda estavam inalantes, popularmente chamados de Loló”, destaca a nota distribuída pela polícia quando realizada a operação. Tudo era vendido numa mesma festa, “inclusive para pessoas que nunca teriam consumido essas substâncias, sem qualquer preocupação com eventual overdose, uma vez que se trata de produtos extremamente tóxicos”. Durante as buscas foram apreendidos 21 comprimidos de Ecstasy, quatro porções de MD, 15 pontos de LSD, seis porções brutas de maconha e quatro de haxixe, e apreendidos dois veículos, um deles importado e de luxo, “provavelmente produtos do tráfico e utilizados para tal finalidade”, além de R$ 26 mil em dinheiro.

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