O vereador Júnior Féfin (PSL) está ‘convidado e notificado’ a prestar esclarecimentos sobre acusações de invasão, ofensas, ameaças e agressões verbais e físicas a funcionários do Pronto Atendimento (PA) Sul de Marília, na próxima 4.a feira (5). Segundo ofício do delegado de polícia Mário Furlaneto Neto encaminhado à Câmara Municipal, Féfin deverá comparecer à Delegacia Seccional às 9h – ele será ouvido no local por ser detentor de mandato eletivo.
Féfin foi alvo de boletim de ocorrência registrado pela enfermeira-chefe do PA, Maria Ângela Almeida de Souza. Ela o acusa de ter invadido a unidade de saúde na manhã do dia 1.o de abril, acompanhado de um assessor e se apresentando como agente da Polícia Federal, fazendo acusações de que estavam ministrando remédios vencidos, motivo de tantas mortes de pacientes da Covid-19; que teria forçado entrada inclusive na área restrita da doença, sendo impedido por seguranças; e filmado a ação com o celular, mesmo a contragosto da enfermeira-chefe, que, ao tentar encobrir a câmera com a mão, teria sido empurrada. Féfin nega tudo e diz que apenas exercia o direito e obrigação de vereador de fiscalizar o local.
O B.O. ensejou um documento assinado por 32 funcionários do PA Sul confirmando a narrativa da enfermeira-chefe e que sustentou pedido de Comissão Processante à Câmara Municipal para cassação do mandato do vereador Féfin por quebra de decoro parlamentar. Levado ao plenário, o pedido teve vistas solicitada pelo vereador Júnior Moraes (PSDB) e somente voltará à apreciação no início de junho. Há também manifestações de repúdio às atitudes de Féfin por parte do Conselho Regional de Enfermagem (Coren) e do Sindicato dos Servidores Municipais de Marília (Sindimmar).
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