Os vereadores da Câmara de Marília rejeitaram no fim da tarde desta segunda-feira (26), por 6 votos contrários a 3 a favor, a abertura do pedido de Comissão Processante (CP) contra os vereadores Luiz Eduardo Nardi (Podemos) e Danilo Bigeschi (PSB).
A votação ocorreu durante a sessão ordinária na Casa de Leis. Os suplentes Silvio Harada (PSD) e Roseli Menezes (PSL) foram convocados, mas não compareceram para a votação – o convite ocorreu porque Nardi e Bigeschi não podem votar em causa própria.
A principal argumentação dos vereadores referente ao pedido de CP foi sobre o oportunismo eleitoral às vésperas das eleições municipais em novembro.
Outro ponto mencionado é em relação aos fatos serem desconexos envolvendo Danilo Bigeschi – Nardi. E as contas terem sido aprovadas pelo Tribunal de Contas em 2014, ano em o vereador Bigeschi era servidor municipal – não ocupava o cargo parlamentar – e o vereador Nardi era presidente do Poder Legislativo.
Votação
Foram contrários a abertura da CP os parlamentares: João do Bar (PP), José Luiz Queiroz (PSDB), Marcos Custódio (Podemos), Mário Coraíni Jr. (PTB), Maurício Roberto (PP) e Wilson Damasceno (PSDB).
Os vereadores que foram favoráveis ao pedido: Cicero do Ceasa (PL), Evandro Galete (PSDB) e José Carlos Albuquerque (PSDB).
Sobre a denúncia de quebra de decoro parlamentar
O pedido de CP por quebra de decorro foi feito por Francisco José Eufrázio de Sousa, um advogado de São Paulo. A denúncia trata-se de um suposto favorecimento de Danilo Bigschi na indicação da empresa, a Kao Sistemas de Telecomunicações Ltda., que pertence ao seu cunhado Fauzi Fakhouri.
O pedido de CP também apresenta irregularidades na suposta compra superfaturada de 450 tablets para a Secretaria Municipal da Saúde, feita enquanto o vereador Danilo Bigeschi ocupava o cargo de secretário de Educação em 2016. Leia a matéria na íntegra no HORA H (Clique aqui).