Cansada de tantos furtos e assaltos sem providências efetivas por parte das autoridades, a população de Jaú começa a agir por conta própria. Só nesta 5.a feira (3), dois supostos ladrões foram capturados, agredidos, imobilizados e amarrados por populares à espera da chegada da Polícia Militar. Cenas deprimentes que vão revelando o tamanho da revolta da população com a falta de segurança na cidade.
No primeiro caso, homem armado com revólver desceu de uma moto, invadiu uma quitanda e, por motivos ainda a serem esclarecidos, disparou contra um dos proprietários. Na tentativa de fugir, foi alcançado e dominado por um familiar da vítima, que contou com a ajuda da vizinhança para imobilizar o homem com uma corda. Amarrado, o homem ficou à espera da PM no meio da Av. João Ferraz Neto, no Jd. Itamaraty; a vítima foi socorrida à Santa Casa e, segundo as últimas informações, seria submetida a cirurgia.
Mais tarde, outro homem foi fotografado também amarrado por cordas na Rua Gomes Botão, bairro Santo Antônio. Segundo relatos, ele teria invadido uma residência onde o proprietário mantém um pequeno comércio de bebidas e capturado lá dentro pela vizinhança, amarrado e colocado na calçada até a chegada da polícia. Nos dois casos, os supostos bandidos teriam sido agredidos.
A violência crescente em Jaú também causou a morte de um rapaz que se oferecia para ‘guardar carros’ ao redor da Igreja Matriz, no Centro. Após se envolver em briga com outros frequentadores do local, a PM foi chamada e um dos policiais acabou desferindo 4 tiros contra o rapaz, que morreu por hemorragia após dar entrada ao hospital. Inquérito policial apura os fatos e responsabilidades. O autor dos tiros alegou legítima defesa, visto que o rapaz o ameaçava com um pedaço de tijolo.
Semana passada, reunião do Conseg Jahu no cine municipal reuniu cerca de 100 pessoas para discutir medidas para conter a violência na cidade, inclusive aquela que envolve drogados que realizam furtos para sustentar o vício, amedrontando a população. Representantes das polícias, câmara municipal, prefeitura, ministério público, OAB e outros órgãos participaram. Nova reunião está prevista para a próxima 2.a feira (7), segundo o presidente do Conseg, Marcelo Adriano da Silva, “para definir um plano de ação que será colocado em prática imediatamente”.
HORAH encaminhou e-mail ao comando da PM paulista em busca de informações sobre esses últimos episódios em Jaú e questionando providências que possam ser tomadas para diminuir a sensação de falta de segurança que toma conta da população. A reportagem aguarda a resposta.
HORAH – A verdade dos fatos
