Por 215 a 200, servidores derrotam comissionados e festejam rejeição dos 4,5%

Quando presidente Edenilson anunciou resultado da votação, servidores explodiram em comemoração (FOTO: Reprodução HORAH)

Os servidores públicos municipais de Jaú compareceram em número suficiente à assembleia da categoria para derrotar os comissionados ‘infiltrados’ do governo Jorge Ivan Cassaro, rejeitando a proposta de 4,5% sobre os salários e zero no tíquete alimentação no dissídio deste ano. Considerada ‘uma miséria’, a proposta foi confirmada em ofício ao Sinfunpaem, o sindicato dos funcionários públicos, assinado pelo advogado Paulo Ivo, secretário de Governo. Como HORAH já noticiou, o prefeito não recebeu o sindicato para negociar.

Assembleia teve momentos tensos, como este em que o advogado sindicato Dr. Ivo dá de dedo no secretário Paulo Ivo, que queria fotografar o livro de presenças (FOTO: Reprodução HORAH)

“Foi um desrespeito com a categoria, como jamais aconteceu”, disse um diretor do sindicato durante a assembleia, que contou com forte comparecimento de comissionados, que teriam sido ‘obrigados’ a votar em favor do governo. A derrota foi por pouco: 215 a 200 votos, mas suficiente para uma explosão de alegria dos servidores quando o resultado foi anunciado oficialmente – secretário de Governo chegou a pedir recontagem dos votos, parecendo não acreditar no que estava acontecendo. No final da assembleia, houve gritos de ordem, aplausos e até buzinaço na saída dos trabalhadores.

Segundo o advogado sindicato Ivo Manoel, não foi votado ‘estado de greve’. Nesta 4.a feira 20 o resultado da assembleia será protocolado pelo Sinfunpaem na prefeitura, dirigido ao secretário de Governo e ao prefeito Jorge Cassaro. “Vamos esperar”, comentou Dr. Ivo, quando questionado sobre os desdobramentos daí em diante – tanto pode surgir uma contraproposta do governo, quanto uma preparação para greve dos servidores.

O desfecho da assembleia foi não somente uma derrota para o governo de Jaú, mas uma clara demonstração de que os servidores estão com a administração enroscada na garganta. Há muitas denúncias de assédio moral, perseguições e punições dentro das secretarias, imposições até para realização de horas extras e outros abusos já levados ao conhecimento do MPT-Ministério Público do Trabalho. Em pleno ano eleitoral, e próximo das eleições, esses não são bons sinais para as pretensões de reeleição de Cassaro.

O comparecimento dos servidores foi grande, mas também havia comissionados ‘infiltrados’ (FOTO: Reprodução HORAH)

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