Por 3 votos a 2, CEI rejeita irregularidades e arquiva investigação do ‘Palavra Cantada’

Membros da CEI do Palavra Cantada votaram relatório final nesta 4.a feira (1): arquivo (FOTO: TV Câmara Bauru/Reprodução)

Os vereadores Serginho Brum (PDT), Markinho Souza (PSDB) e Mané Losila (MDB) votaram a favor do relatório oficial da Comissão Especial de Inquérito (CEI) criada para apurar denúncias de irregularidades na compra do material didático ‘Palavra Cantada’, mandando a investigação para o arquivo da Câmara Municipal de Bauru. Os vereadores Chiara Ranieri (União) e Jr Lokadora (PP) defenderam o contrário, mas foram derrotados.

A apresentação do relatório elaborado por Brum foi feita na tarde desta 4.a feira (1), sendo que o conteúdo já era conhecido desde a última 6.a feira 27/10, como HORAH noticiou. Sabendo disso, Chiara preparou relatório paralelo com voto em separado, sustentando ao menos seis apontamentos de irregularidades na compra do material pela Secretaria da Educação de Bauru, ao custo de R$ 5,295 milhões. Até hoje, cerca de um ano e meio depois, o material ainda não foi totalmente aproveitado na rede municipal de ensino.

Vereadora Chiara apresentou voto em separado, mas relatório paralelo não foi considerado (FOTO: TV Câmara/Reprodução)
Presidente da CEI, Markinho Souza, e o relator Serginho Brum (FOTO: TV Câmara/Reprodução)

Com o resultado da votação na CEI, o relatório de Brum será lido e votado também no plenário da câmara na sessão da próxima 2.a feira 6. Como o caso vai para o arquivo, os apontamentos feitos pelos vereadores contrários à compra do ‘Palavra Cantada’ não serão mandados para averiguação de órgãos de fiscalização como o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e Ministério Público (MP).

A CEI do Palavra Cantada foi instalada em julho deste ano. O objetivo foi o de investigar denúncias de supostas irregularidades na compra do material didático, como o da existência de projetos educacionais semelhantes e a preços bem menores; da falta de treinamento dos professores da rede para lidar com o produto, o que deveria ter sido oferecido pela editora Movimenta (ela diz ter feito, sim, mas há professores afirmando que não); e da interferência direta do gabinete da prefeita Suéllen Rosim (PSD) para definir a aquisição, feita com dispensa de licitação.

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