Os vereadores de Bauru aprovaram por unanimidade na sessão desta 2.a feira (6), pedido do vereador e advogado Eduardo Borgo (Novo) para constituição de uma comissão temporária para acompanhar as investigações sobre o hacker que teria espionado desafetos políticos do governo Suéllen Rosim (PSD). “No mínimo, precisa de uma interlocução entre as autoridades, o que será feito por esta comissão”, justificou Borgo ao defender o requerimento.
O vereador, que já havia denunciado o caso do hacker Patrick Brito na sessão legislativa de 23/10, lembrou que o criminoso teria sido contratado por Walmir Vitorelli Braga, cunhado da prefeita Suéllen, para espionar redes sociais e a vida pessoal, entre outros, da vereadora oposicionista Estela Almagro (PT) e do jornalista Nelson Gonçalves ‘Itaberá’, dono de um blog e servidor da câmara. O próprio hacker teria declarado em um dossiê os contatos com Walmir e apresentado comprovante do pagamento para o serviço sujo, cujo objetivo era achar fatos que desqualificassem os desafetos da administração.
Por unanimidade também, os vereadores assinaram notícia crime para o Gaeco Bauru entrar na investigação, viram computador do gabinete de Estela ser invadido em 31/10 e, logo após, Walmir ser exonerado do cargo de assessor parlamentar na Assembleia Legislativa de SP por causa das denúncias envolvendo o nome dele. “Estamos diante de um suposto ataque ao Legislativo de Bauru, daí a necessidade desta Casa também apurar os fatos”, afirmou Borgo.
Os partidos representados na Casa indicaram os membros para a comissão temporária: Coronel Meira e Chiara Ranieri (União), Mané Losila (MDB), Estela Almagro (PT) e o autor do requerimento, Borgo (Novo). Dezesseis vereadores votaram favoráveis; só o presidente não votou, visto não ter havido empate.
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