PORTEIRO DEMITIDO APÓS SOCORRER VÍTIMAS DE ACIDENTE RECEBE PROPOSTAS DE EMPREGO

Hoje faz 46 dias que Juliano foi demitido (FOTO: Reprodução/Facebook)

O porteiro Juliano Amaro da Silva Paula, 44 anos, confirmou que já recebeu “umas quatro ofertas de emprego” desde que foi demitido por deixar o posto de trabalho em um edifício de Marília para socorrer vítimas de um capotamento na rua. Uma dessas propostas é de empresa onde ele já trabalhou antes. Casado e pai de três filhos pequenos, Juliano foi demitido no início de fevereiro deste ano sob a alegação de ter “deixado o condomínio absolutamente vulnerável” no tempo em que prestou socorro. Segundo o Grupo IF3, a quem estava vinculado, o porteiro se ausentou da guarita de trabalho por 2h21.

Tudo aconteceu por volta das 23h30 de 1.o de fevereiro. “Ouvi crianças gritarem e saí de imediato, foi uma coisa automática”, contou Juliano, que chegou a derrubar comida no chão da guarita. No carro que capotou foi encontrada uma vítima jogada no banco de trás, um homem de 41 anos, que, segundo Juliano, estava “sobre o próprio pescoço” e se não tivesse recebido socorro imediato poderia ter sofrido consequências mais sérias. Além de segurança há 20 anos e de trabalhar no edifício em que estava havia 9 meses, o porteiro também possui curso de primeiros socorros — o que o motivou a ajudar no socorro. Por supostamente ter infringido procedimentos internos da empresa, ele foi demitido no dia seguinte.

IF3 demitiu Juliano no dia após ele socorrer vítimas (FOTOS: Reprodução web)

O primeiro contato de Juliano com o HORAH foi no dia 17/2. De lá para cá o caso ganhou repercussão grande e chegou inclusive à mídia nacional. O jornal O Globo divulgou: “Herói sem mérito” para contar a incrível história de Juliano, que neste domingo (20) foi destaque também no portal de notícias UOL. Em resposta a questionamento do HORAH nesta tarde, o porteiro confirmou as propostas de emprego, porém disse que “não tem nada definido” ainda — hoje está fazendo 46 dias que ele foi demitido. Ele também recebeu apoio e solidariedade de amigos, de internautas nas redes sociais e de ao menos dois deputados que enviaram mensagens.

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