Prefeitura e DAEM emitem alerta sobre seca prolongada e uso consciente da água

Nível da represa Cascata está tão baixo que DAEM deixou de captar água no local (FOTO: Divulgação/PMM)

A seca prolongada e a ausência de chuva significativa nos últimos 100 dias levaram a Prefeitura e o DAEM a emitirem alerta conjunto para uso consciente da água em Marília. “A situação se agravou a partir da seca deste ano, porque em 260 dias só tivemos ocorrência de chuvas em 75 dias, o que significa dizer que em dois terços não caiu uma gota d’água sequer”, justificou o chefe de gabinete Levi Gomes.

Reunião emergencial foi realizada pelo prefeito em exercício Cícero do Ceasa para discutir o estado de alerta em relação ao abastecimento e consumo de água em Marília. Levi e a equipe técnica do DAEM participaram. “Está claro que a nossa capacidade hídrica está totalmente comprometida por causa dessa seca prolongada, que afetou os mananciais de superfíceie e, desta forma, tanto o rio do Peixe quanto a represa Cascata estão com seus volumes reduzidos”, disse Cícero.

A isso ainda devem ser somados outros fatores, como os furtos de fios nas estações de captação de água, que interrompem os serviços, e queima de bombas em decorrência da oscilação no fornecimento de energia elétrica. Os reparos levam tempo e interferem diretamente no volume dos reservatórios administrados pelo DAEM. O alerta recomenda uso de água sem desperdício. “Peço que todos cooperem para que o abastecimento não seja comprometido”, destacou o prefeito em exercício.

Fundamental para o equilíbrio do abastecimento dos bairros da zona leste, a represa Cascata encontra-se com o nível baixíssimo, o que impede a captação por causa da grande concentração de impurezas que inviabilizam o consumo, diz nota distribuída pela prefeitura. Sem uso da Cascata nesse período, o DAEM peridocamente faz um remanejamento do sistema de abastecimento para atender os bairros da zona leste. E isso deixa alguns pontos da cidade temporariamente desabastecidos.

A média de chuva de agosto sempre foi em torno dos 30 milímetros, mas neste ano não chegou à metade disso; julho, que costuma registrar 20 milímetros, teve zero em 2023; historicamente, setembro sempre passou dos 80 milímetros, mas já estamos na metade do mês e, por enquanto, foram só 15,3 milímetros de chuva, o que comprova a gravidade da situação.

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